A Europa tem futuro unida
Numa ocasião em que se assinalou o Dia da Europa e que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa fez questão de sublinhar que, apesar dos problemas, “o melhor sinal de confiança é a Comissão Europeia, o Conselho e o Parlamento Europeu terem demonstrado que é preciso uma reflexão de fundo sobre a Europa”.
No mesmo sentido, referiu o Livro Branco e os documentos que a Comissão tem produzido, bem como e a Declaração de Roma assinada na cimeira dos 60 anos dos tratados.
De salientar que a reflexão sobre o futuro da União passará por uma série de debates sobre o futuro da Europa em várias cidades e regiões de toda a Europa, organizados pela Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e os Estados-membros interessados.
Já para setembro, no discurso do estado da União, o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker deverá desenvolver as ideias debatidas, prevendo-se que o Conselho Europeu de dezembro retire as primeiras conclusões.
Assim, poderá ser decidida a linha de atuação a seguir, a tempo das eleições para o Parlamento Europeu de junho de 2019.
Retrocesso seria um erro
Neste contexto, António Costa afirmou a sua convicção segundo a qual a União Europeia tem futuro, devendo avançar com “tantos Estados-membros quanto possível”, unidos nas mesmas prioridades, como já aconteceu com o euro.
Assim, excluiu perentoriamente a possibilidade de retroceder na construção europeia, o que “seria um erro”.
Pelo contrário, “a Europa ganhava em concentrar-se naquilo que é prioritário”, disse, apontando áreas como a segurança interna, a convergência na zona euro ou a inovação que lhe permita responder aos problemas de competitividade e de manutenção do modelo social europeu.
O primeiro-ministro referiu igualmente que os desafios podem ser melhor enfrentados em cooperação, afirmando que “sozinhos estaríamos sempre pior do que em conjunto”, nomeadamente em problemas como o terrorismo.
E, a concluir, enfatizou ainda que Portugal mudou bastante desde a adesão à então Comunidade Económica Europeia, em 1986.
“Se pusermos o país em perspetiva, verificamos que a entrada na União Europeia mudou radicalmente o seu perfil», explicou, dando como exemplo o aumento do Produto Interno Bruto e a aproximação de Portugal do resto da Europa e do mundo através de maiores e melhores infraestruturas.