“A Europa ficará mais forte se estivermos todos juntos”
Assis destacou a prosperidade que o projeto europeu permitiu, a paz, “um bem conquistado para sempre” e a valorização da democracia participativa. “Este projeto é tão democrático que quem não deseja estar, saí (como aconteceu com a Grã-Bretanha), a prova de que este projeto é democrático é esta”, afirmou.
O processo do Brexit “é difícil e vai levar algum tempo, em que muitas vezes vamos estar confrontados com situações de impasse, mas acredito que no final vamos chegar a um entendimento”, defendeu.
Durante a intervenção, Francisco Assis sustentou que a Europa deverá assumir “posições comuns” e “não cada um em particular”. Definiu como prioritário a regulação da globalização, “negociando tratados comerciais, batendo-se pela defesa dos seus direitos e contribuindo para a afirmação das suas regras e do seu modelo no mundo em geral, não de forma ostensiva e intrusiva mas no sentido em que está a fazer a defesa do que é o seu próprio modelo”.
“A União Europeia estará em muito melhores condições para enfrentar estes desafios do que cada um dos nossos estados individualmente” argumentou. No entanto, o projeto europeu “vai continuar, provavelmente num sistema de várias velocidades”, e nesse contexto, Portugal “deve garantir que vai estar sempre presente no núcleo dianteiro”.