“A diversidade cultural é parte integrante da história e da cultura portuguesa”
José Sócrates defendeu, no Rio de Janeiro, a promoção de uma governação da diversidade cultural à escala mundial ao citar Portugal como um exemplo de “país tolerante e aberto ao mundo”.
“A diversidade cultural é parte integrante da história e da cultura portuguesa. Orgulhamo-nos disso. Somos um país tolerante e aberto ao mundo com vocação universal, que sabe conviver com a diversidade e que aposta nas políticas de integração de imigrantes”, declarou o primeiro ministro português à margem do III Fórum de Aliança das Civilizações das Nações Unidas.
José Sócrates enfatizou a necessidade de promover uma “boa governação” da diversidade cultural à escala mundial, em paralelo com a laicidade do Estado, a integração e a multiculturalidade.
Segundo José Sócrates, o projeto europeu de criação da União Europeia “sempre foi de compartilhar e unir no respeito pela diversidade”.
O mesmo acontece com os países de expressão portuguesa membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) com “quem Portugal partilha uma língua e uma história comum”, referiu.
“O trabalho que temos feito juntos no âmbito da CPLP, cujos membros se espalham por todos os continentes, unem-se na rica diversidade e que nos potencia como comunidade e que nos une também pela língua e pela história”.
Durante a intervenção na Aliança das Civilizações, José Sócrates referiu que “quem conhece a história de Portugal, compreende a importância que o país teve para a aventura do conhecimento do outro”.
Se não fosse pelo encontro do intercâmbio cultural que Portugal teve como herdeiro, “a história do mundo hoje não seria a mesma”, garantiu.
Outro ponto destacado pelo primeiro ministro português foram as políticas de imigração. O país é referido como número um no ranking mundial das Nações Unidas num relatório recente sobre desenvolvimento humano relativo às políticas de imigração.
“A diversidade e a integração, ambos, estão no código genético de Portugal e dos portugueses”, ressaltou José Sócrates, ao encerrar o seu discurso realizado na sessão plenária que reuniu chefes de Estado da Argentina, Cabo Verde, Senegal, Arábia Saudita sobre a diversidade cultural com caminho para a paz.