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A direita e o mistério do capital chinês

A direita e o mistério do capital chinês

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, esteve presente no Parlamento, no dia 20 de janeiro, onde teve oportunidade de prestar os devidos esclarecimentos, solicitados pelos deputados, sobre os termos da renegociação que o Governo conduziu com o consórcio vencedor da privatização parcial do capital da TAP, inclusive, sobre “o potencial interessante” da entrada de um novo investidor asiático na estrutura acionista de um dos membros do consórcio.
A direita e o mistério do capital chinês

Claro e transparente, numa audição pública, perante os portugueses e na presença dos seus representantes eleitos. Certo?

Menos para a direita a que vamos tendo direito, hoje aparentemente mais desorientada que nunca. O dirigente – e deputado – do PSD José Matos Correia diz não se lembrar do ministro ter dito o que disse de forma cristalina. O líder do partido, Pedro Passos Coelho, secunda-o na surpresa. Quem não fica bem na fotografia, para além da distração de ambos, são os deputados do PSD presentes na comissão e que puderam ouvir o esclarecimento do Governo em primeira mão, ao vivo e a cores. A direção do partido não fala com os seus deputados? E estes não partilham a atividade parlamentar com a direção do partido?

Numa coisa Matos Correia e Passos Coelho têm razão: como disse o líder do PSD, “esta não é uma maneira correta, adulta e madura de tratar os portugueses e a política portuguesa”.