A democracia parlamentar irrevogável
Em 2015, considera suficiente a um partido ter sido o mais votado nas eleições para formar Governo e indigitar um primeiro-ministro. A necessidade de sustentação maioritária no parlamento é uma maçadora minudência.
Em 2011, desdobrava-se, perante Passos Coelho, em contas aritméticas a maiorias parlamentares entre PSD e CDS para legitimar um Governo de direita. Fosse quem fosse que vencesse as eleições, tratava-se de uma maçadora minudência.
É ver – e ouvir – para crer.
Foi necessário que o seu antecessor na presidência do CDS, José Ribeiro e Castro, viesse em seu auxílio, para constatar o óbvio:
“As eleições foram travestidas de eleição do primeiro-ministro – que não são e nunca foram. Isso seria, aliás, uma fraude contra a democracia parlamentar. As eleições legislativas são para eleger um parlamento, 230 deputados, e gerar, portanto, maiorias legislativas, de fiscalização e de governo. Foi sempre assim.” [em entrevista ao i]