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A criação de emprego tem de ser a "primeira das prioridades"

A criação de emprego tem de ser a "primeira das prioridades"

O secretário-geral propôs, que a partir de 2021, exista uma “mutualização europeia do pagamento dos subsídios de desemprego” sempre que a taxa ultrapassar a média europeia, atualmente de 11%.

“Proponho que a UE estabeleça como objetivo para 2020 que nenhum país possa ter uma taxa de desemprego superior a 11%”, afirmou António José Seguro, na sua intervenção no Fórum dos Progressistas Europeus, que juntou na capital francesa líderes dos partidos socialistas de países do sul da Europa.

Seguro explicou que a sua proposta prevê que, no caso dos Estados-membros com taxa de desemprego superior à média europeia, o orçamento nacional seja responsável pelo pagamento dos subsídios de desemprego até ao valor da taxa média da UE, enquanto os restantes subsídios de desemprego fiquem a cargo do orçamento comunitário.

“O meu objetivo não é o de colocar a UE a subsidiar o desemprego”, afirmou o secretário-geral do PS, acrescentando que, com esta proposta, pretende levar os líderes europeus encararem a criação de emprego como a “primeira das prioridades”.

António José Seguro recordou ainda que a UE fixa objetivos para o défice e a para dívida pública, existindo sanções para os casos em que não são cumpridos.

“E se a UE tem sanções para quem não cumpre as regras do défice e da dívida, por que razão não há de ter uma sanção caso o desemprego não se situe, por exemplo, abaixo dos 11%, a média atual da UE”, questionou.

António José Seguro salientou que não pretende “alimentar a cultura das sanções”, defendendo tratar-se de “um forte incentivo ao combate ao desemprego”.

Em Portugal, a taxa de desemprego alcançou, em abril, um novo máximo, atingindo 17,8%, com o desemprego jovem a subir também para um nível recorde de 42,5%, segundo dados divulgados no final de maio pelo Eurostat.

O Fórum dos Progressistas Europeus foi organizado pelo PS francês e pelas fundações Jean Jaurès e Européenne d'Études Progressistes e estiveram presentes, entre outros, o ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Delors e os líderes do PS francês, Harlem Désir, do PSOE (Espanha), Alfredo Rubalcaba, do PASOK (Grécia), Evangelos Venizelos, do Partido Democrático italiano, e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.