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A alternativa é clara e passa por uma maioria do PS

A alternativa é clara e passa por uma maioria do PS

António Costa discorda da afirmação de Cavaco Silva de que apenas dará posse a um Governo maioritário, uma decisão que a ser tomada, garante o Secretário-geral socialista, não resulta da Constituição da República Portuguesa nem da prática política. A alternativa, defende, passa por uma maioria do PS.

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A alternativa é clara e passa por uma maioria do PS

Em entrevista ao JN, o líder do PS acusa o inquilino do Palácio de Belém de ter criado um novo problema aos portugueses, ao ter afastado a hipótese de dar posse a um Governo minoritário, sustentando que esta proposta de Cavaco Silva não respeita a Lei Fundamental. 

Nesta entrevista, António Costa responsabiliza a coligação de direita por ter “arruinado” o país, ao ter insistido no modelo da austeridade a qualquer preço, garantindo que o PS tem caminhos e políticas alternativas e que a maioria absoluta do PS é possível.

Depois de salientar que não fecha a porta a compromissos alargados após as legislativas, lembrou que o PS tem a “legítima aspiração” de querer governar com maioria e que esta só se define “em cima das eleições”, lembrando que há ainda um caminho a percorrer.

Nas próximas eleições os portugueses vão ter a oportunidade de escolher entre duas propostas políticas diferentes e alternativas, garantiu António Costa, escolher entre “continuar a política de austeridade seguida pela coligação de direita ou virar a página, mantendo-nos na Europa”.

É aqui, defende o líder socialista, que os portugueses têm a oportunidade de decidir. Se querem a mudança e o relançamento da economia, “como tenho vindo a verificar de norte a sul do país”, certamente que não querem que o PS faça coligações com um partido que quer manter a continuidade das atuais política de empobrecimento, de cortes nas pensões e salários, na austeridade cega e no aumento descontrolado da carga fiscal, disse ainda António Costa, a alternativa é clara e passa por uma maioria do PS.

O que ameaça a Segurança Social é o desemprego

Quanto às soluções do PS para a sustentabilidade da Segurança Social, António Costa recordou que “a maior reforma da Segurança Social feita na Europa foi a do Partido Socialista em 2007”, e que daí até agora o que mudou foi o “baixo crescimento económico e o brutal efeito do desemprego e da emigração, que retiraram oito mil milhões de euros à Segurança Social”.

O que significa, acrescentou, que o que está estruturalmente a ameaçar a Segurança Social é o desemprego. Razão pela qual, garantiu, o PS vai dar “prioridade à mobilização de recursos para acelerar a criação de emprego, mas também devolver salários aos funcionários públicos, eliminar a sobretaxa do IRS e reduzir a TSU para trabalhadores e repor os mínimos sociais”.