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O país precisa dos jovens

O país precisa dos jovens

No encerramento do Fórum Europa da Juventude Socialista, na Curia, António José Seguro apelou à mobilização dos jovens para mostrarem, no dia 25 de maio, que querem uma mudança na Europa e em Portugal

Para o secretário-geral socialista, a Europa deveria encontrar “soluções comuns para problemas comuns”, como é o caso do desemprego e da crise económica, e “nenhum cidadão pode acreditar na Europa quando ela não ajuda a resolver os seus problemas”. E, “por isso, os jovens portugueses têm que enviar um recado muito claro” aos líderes de direita europeus e “dizerem que querem um novo desenvolvimento” e crescimento europeu, e que eles “não perceberam a natureza da crise, que contrariaram o ideal europeu. Em vez de enfrentarem a especulação dos mercados financeiros, atiraram as culpas para o Estado Social”.

“Combater a especulação financeira deve ser uma das prioridades da Europa”, diz Seguro, que defende que o Banco Central Europeu tenha funções similares às da Reserva Federal norte-americana e que possa “emprestar diretamente aos Estados, o que significaria menos juros, menos défice e menos sacrifícios” para os cidadãos. Seguro não aceita que “digam que não há alternativa. O que há é falta de vontade política”.

Contrariamente ao primeiro-ministro, que apenas teve a dizer aos jovens portugueses, no que respeita a emprego, para emigrarem, Antonio José Seguro afirma que os socialistas querem aproveitar as ideias e competências dos jovens, e reconciliá-los com a política. O líder socialista considera que os portugueses estão desencantados com a política, e que “nada contribui mais para esse desencanto e desilusão do que promessas não cumpridas”, numa alusão clara ao comportamento que este Governo tem tido. O “próximo dia 25 de maio serve para mandar uma mensagem a este Governo, a de que o povo português merece respeito e tem dignidade”.

“Se é verdade que a democracia nem sempre nos dá um bom Governo, a democracia dá-nos o poder de mudar de Governo”, diz Seguro, que considera que as próximas eleições são uma oportunidade para “cada um de nós poder dizer o que sente” relativamente à Europa, desemprego e pobreza. “Estamos aqui para construir uma alternativa, que começa na Europa e se seguirá em Portugal, uma alternativa de mudança”, concluiu o líder socialista, apelando à mobilização dos jovens.