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Saída do programa custou caro aos portugueses

Saída do programa custou caro aos portugueses

O Secretário-geral do Partido Socialista referiu que o anúncio do primeiro-ministro não constituía novidade e era o que se esperava. Acontece que a saída do programa de ajustamento acabou por falhar nos objetivos fundamentais e empobreceu os portugueses.

António José Seguro afirma que, apesar de Portugal terminar o programa de ajustamento, a austeridade vai continuar. “Na mesma semana em que o Governo dispensa ajuda para regressar aos mercados, os portugueses ficaram a saber que o IVA vai aumentar, que todos os trabalhadores vão pagar mais TSU, que cortes nas reformas e nas pensões passaram a definitivos e que haverá mais despedimentos na Função Pública”.

O Secretário-geral do PS lembrou que “o Partido Socialista sempre desejou uma saída limpa”, mas não com os pressupostos que o primeiro-ministro anunciou. “Esta saída deve-se às taxas de juro baixas, ao papel ativo do Banco Central Europeu, ao excedente de liquidez dos investidores e à almofada de 15 mil milhões de euros que o Governo criou, pela qual os portugueses pagam cerca de 430 mil milhões de euros de impostos”, esclareceu.

“Os tempos exigem prudência”, alertou, sublinhando que, ao fim de três anos, “o PS gostaria que a realidade fosse diferente”. “O país regressa aos mercados, mas os portugueses têm de suportar mais sacrifícios”, criticou, deixando uma certeza: “Continuaremos fortes nas nossas prioridades. O combate ao desemprego e às desigualdades são a nossa prioridade.”