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Contas públicas e Estado social levariam rombo de 9 mil ME com propostas de “magia fiscal” da IL

Contas públicas e Estado social levariam rombo de 9 mil ME com propostas de “magia fiscal” da IL

Arrancou esta segunda-feira à noite o primeiro dos debates televisivos rumo às legislativas, entre os líderes com representação parlamentar, com o primeiro frente-a-frente entre Pedro Nuno Santos e Rui Rocha, com o líder socialista a considerar que a Iniciativa Liberal propõe um conjunto de medidas de “magia fiscal” que conduziriam o país de novo à austeridade.

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Pedro Nuno Santos

De entre os temas debatidos, com a economia e a saúde em destaque, Pedro Nuno Santos olhou para as propostas de choque fiscal defendidas pela IL, garantindo que se fossem concretizadas representariam, de imediato, “cerca menos de nove mil milhões de euros em receitas do Estado”, o que “criaria um rombo nas contas públicas”, insistindo na ideia de que a IL mais não propõe aos portugueses do que “uma redução radical e aventureira dos impostos”.

“Não sei se a IL já fez as contas”, questionou ainda o líder socialista, para concluir que de pouco vale à IL querer apresentar-se ao país como um partido “responsável” que “sabe fazer contas e sabe de economia”, quando na realidade o que mostra “é que nem sequer sabe quanto é que custa o seu próprio programa eleitoral”, evidenciando uma atitude lamentável de apenas “querer fazer um rombo nas contas públicas para depois andar a passar cheques”.

Cortar 9 mil milhões de euros como propõe a IL com o seu choque fiscal, significaria, segundo o líder do PS, o princípio do fim do Estado social, “desprotegendo o nosso povo”.

“Há muitos problemas por resolver em Portugal, mas não é com as soluções irrealistas, aventureiras e radicais que a Iniciativa Liberal tem para apresentar ao país”, vincou o Secretário-Geral do PS, sublinhando que, “no final de um programa destes, o que esperaria Portugal seria a austeridade”.

No debate, Pedro Nuno Santos vincou que o PS, pelo contrário, tem um “projeto transformador e uma visão para a economia portuguesa”, que não se sustenta em pensamento mágico ou em magia fiscal.

“Queremos uma economia mais sofisticada, mais diversificada, o que implica que tenhamos uma política diferente de aplicação de incentivos. O Estado tem recursos limitados e deve aplicar esses recursos em setores com maior potencial de arrastamento para a economia. Isso implica uma estratégia de especialização inteligente, que seja mais seletiva”, afirmou o líder socialista.

Também na saúde, não deixando de considerar haver ainda “problemas por resolver”, Pedro Nuno Santos alertou, contudo, para a reforma do setor que o Governo do PS aprovou recentemente, cujos resultados, como lembrou “não surgem de um dia para outro”. Mas que, quando estiveram em velocidade de cruzeiro vão trazer, como garantiu, mais tranquilidade e comodidade a quem tenha que recorrer aos serviços públicos de saúde, insistindo que não é “desinvestindo no SNS a favor da contratualização com o setor privado” que os portugueses vão ter melhores cuidados de saúde, ao contrário da perspetiva dos liberais.

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