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Políticas de acesso à habitação e valorização do trabalho são decisivas para vencer o desafio demográfico

Políticas de acesso à habitação e valorização do trabalho são decisivas para vencer o desafio demográfico

É preciso “pôr um ponto final” à precariedade laboral e avançar com uma agenda para o “trabalho digno e com direitos”, defendeu ontem na Covilhã o Secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, lembrando que o Governo avançou já com uma ‘Agenda’ sobre a matéria em sede de concertação social.

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António Costa e Vítor Pereira, Covilhã

Falando ontem durante uma iniciativa de pré-campanha para as eleições autárquicas, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde participou na apresentação do autarca e candidato do PS à liderança da Câmara Municipal, Vítor Pereira, o líder socialista alertou para a necessidade de o Governo e os parceiros sociais chegarem a um acordo sólido na aprovação de uma agenda para o “trabalho digno e com direitos”, como referiu, proposta que, em sua perspetiva, é a única que contribuirá para por termo “à exploração, aos baixos salários, à falta de conciliação entre a vida pessoal, profissional e familiar” e, sobretudo, que ponha um “ponto final” à precariedade.

Outro dos temas abordados por António Costa teve a ver com a situação demográfica e os desafios que se colocam ao país, sobretudo, como assinalou, nas regiões do interior, um tema que o líder socialista voltou a classificar como um “desafio” para o futuro imediato de Portugal, mencionando a necessidade de se avançar o mais rápido possível com um conjunto vasto de políticas que “permitam inverter a tendência de despovoamento”.

Entre as várias propostas adiantadas pelo líder socialista, realce para a necessidade de um olhar mais atento para a vida dos jovens casais, ajudando-os a encontrar razões seguras para se “fixar no interior e aqui lograrem constituir família”, lembrando que, também em relação às gerações mais novas, a questão da precariedade laboral assume um carácter determinante que “terá de ser resolvida” com a firmeza necessária, assim como as dificuldades que envolvem o acesso à habitação, que não sendo apenas um problema das regiões do interior, são sobretudo aqui que mais são sentidas.

Sobre esta matéria, área que considera como um dos primeiros direitos, António Costa lembrou que foi já anunciado um reforço de verbas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através de um fundo que “vai garantir os recursos financeiros necessários” para que se assegure habitação condigna e rendas a preços acessíveis.

António Costa lembrou ainda que o desafio demográfico que se observa nos territórios de baixa densidade é uma realidade que, em grande medida, poderá ser minimizada com a “atração para o interior de novas empresas”, um passo que líder socialista designa como decisivo para “alterar o ciclo de despovoamento”, reafirmando o papel determinante que as empresas têm na criação de emprego e na “fixação da população”.

Neste sentido, o primeiro-ministro e líder socialista anunciou que o PRR tem já reservadas verbas “exclusivamente destinadas para o interior”, designadamente para investimento quer em “áreas de localização empresarial, quer em parques empresariais, quer ainda em centros de negócios”, uma iniciativa que será acompanhada, como também lembrou António Costa, por uma política “diferenciada”, quer em relação ao nível do IRC, quer também com a continuação da política distinta no preço das portagens praticados nos territórios de baixa densidade.

Já na parte final da sua intervenção, o Secretário-geral do PS voltou a apelar ao Interior para que assuma “a sua centralidade ibérica”, recordando a propósito que o Governo já inscreveu no Orçamento do Estado a construção da nova ligação rodoviária, o IC31, entre o distrito de Castelo Branco e a vizinha Espanha, do mesmo modo que já “cumpriu a promessa” do investimento na linha ferroviária da Beira Baixa, entre a Guarda e a Covilhã.

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