Nova descida do desemprego confirma mudança no ciclo económico

Números que vêm confirmar uma trajetória positiva de recuperação económica e de criação de emprego, sustentando, como hoje sublinhou António Costa, uma inversão do ciclo no país.

“Porventura, aquilo que mais nos deve encher de satisfação, porque é aquilo que ajuda a reforçar a confiança, que ajuda a dar força à economia e que é o teste de algodão para o sucesso desta política económica, é o que está a acontecer com o mercado de trabalho”, afirmou o líder do Governo socialista, salientando que “pela primeira vez desde há muitos anos” a taxa de desemprego no país baixa dos dois dígitos.

Durante a inauguração do Polo Industrial Tekever, em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, onde esteve presente esta manhã, António Costa destacou ainda que os dados hoje revelados pelo INE mostram também que a criação de emprego líquido está a ser superior à diminuição do desemprego.

“Comparando com que o que acontecia há um ano, temos mais 150 mil postos de trabalho em termos líquidos e temos menos 100 mil desempregados”, sustentou o chefe do Governo, referindo que os dados demonstram que “não só estamos a diminuir o desemprego como estamos a aumentar a população ativa, aumentando o nosso potencial de crescimento”.

“Inverteu-se o ciclo. Agora não é altura de partir, é altura de ficar e de regressar porque, apostando nas qualificações, as empresas que precisam de emprego qualificado têm Portugal como destino”, defendeu António Costa.

Economia está a criar emprego

Também o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, considerou hoje que os dados agora revelados pelo INE constituem “um sinal extremamente positivo”, confirmando uma “dinâmica de criação de emprego que muitos consideravam impossível”.

“Estamos com a mais elevada taxa de criação de emprego desde que a crise económica se abateu sobre Portugal e com uma das mais elevadas da nossa história recente”, salientou.

Para Vieira da Silva, estes dados significam que “as empresas portuguesas estão a investir, estão confiantes no futuro”, mostrando “uma economia que está a criar emprego, como há muitos anos não acontecia em Portugal”. “São resultados muito positivos”, concluiu.

O INE reviu hoje em baixa de 0,1 pontos percentuais a taxa de desemprego de fevereiro para 9,9%, o valor mais baixo desde o mês homólogo de 2009, representando ainda menos 0,2 pontos percentuais do que em janeiro e menos 0,6 em relação a três meses antes.

A população desempregada de fevereiro foi estimada em 508,3 mil pessoas, menos 9,9 mil desempregados que em janeiro (uma redução de 1,9%), enquanto a população empregada foi estimada em 4,630 milhões de portugueses, mais 22,6 mil pessoas empregadas face ao mês anterior.

A estimativa provisória da taxa de desemprego para março foi de 9,8%, calculando o INE que a população desempregada tenha registado 504 mil pessoas e que a população empregada se situe nos 4,646 milhões de portugueses.