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PS quer impedir aumento brutal do preço da água

PS quer impedir aumento brutal do preço da água

O PS irá usar todos os meios “parlamentares e judiciais” disponíveis para impedir o “esbulho” às câmaras e o “rombo na algibeira” dos portugueses que constitui a reforma do sector das águas, aprovada ontem em Conselho de Ministros, e que está já a gerar forte contestação de autarcas de todos os quadrantes políticos.

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PS quer impedir aumento brutal do preço da água

Esta posição foi avançada pelo presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) e vice-presidente da bancada socialista, Marcos Perestrello.

“O PS/FAUL usará os mecanismos parlamentares e judiciais para travar este esbulho às câmaras municipais e mais este rombo nas algibeiras dos portugueses”, disse

Para Marcos Perestrello, a agregação de oito sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento e a fusão de oito entidades gestoras terá como consequência “um grave prejuízo para as pessoas e para as câmaras municipais do distrito de Lisboa”

Com este sistema, acusa o líder da FAUL, “o Governo esbulha as câmaras municipais que geriram bem os seus sistemas, integrando o seu património na nova empresa, onde são também integrados os sistemas deficitários em milhões de euros. Às câmaras cumpridoras é retirado património avaliado em dezenas de milhões de euros”.

Acrescentando que “com este sistema, o Governo prepara-se para forçar um aumento muito alto do preço da água”.

Por sua vez, a Associação Nacional de Autarcas Socialistas (ANA/PS), pela voz do seu presidente José Luís Carneiro, considera que “a Associação Nacional de Municípios Portugueses tem defendido, e bem, que a melhor forma de alcançarmos o equilíbrio entre os territórios mais e menos densamente povoados em termos de tarifas de água e saneamento deve ser alcançado por intermédio de um Fundo de Equilíbrio Tarifário”.

Os autarcas socialistas alertam que “o modelo com que o Governo decidiu, unilateralmente, avançar será promotor de divergências sociais e territoriais e destruirá uma cultura organizacional regionalizada dos diversos subsistemas que já deu provas de bons resultados em termos de qualidade e custo do serviço”.

Além disso, adianta José Luís Carneiro ao AS Digital, “há a preocupação em muitos autarcas sobre o facto de a integração de sistemas e subsistemas poder conduzir mais facilmente, a médio e longo prazo, à privatização do sector, tal qual está a acontecer com a Empresa Geral do Fomento (EGF).