É preciso somar e não dividir, não há uma dicotomia entre ser voluntário ou profissional
António Costa apelou hoje, no congresso dos bombeiros portugueses, ao envolvimento de todos os agentes de proteção civil na reforma do setor, frisando que “todos são poucos” para “a indispensável mudança”.
“Qual é a dúvida que alguém pode ter de que todos somos poucos para fazer o que é necessário”, questionou o chefe do Governo, quando discursava, em Fafe, no encerramento do 43º. Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses.
António Costa insistiu que “o país não tem gente a mais, todos são necessários e há uns que são indispensáveis, que são os bombeiros, em todas estas ações: prevenção, combate, profissionalização, capacitação e especialização”.
Sobre as reformas que são necessárias, o primeiro ministro sublinhou haver “sempre as posições mais díspares”, mas assinalou que ao Governo “compete, com sentido de unidade nacional, procurar converter o pensamento académico em medidas de política e em resultados”.
“De uma vez por todas, temos de perceber que a reforma no sistema da prevenção e combate tem de ser onde haja a capacidade de unir e não de dividir”, insistiu o chefe do executivo.
“Temos de saber trabalhar melhor todos juntos e os bombeiros são indispensáveis para conduzirmos esta reforma”, afirmou o primeiro-ministro, acrescentando: “Queremos valorizar esse contributo ímpar que o voluntariado oferece, reforçando as equipas de intervenção permanente para responder a um território com um povoamento disperso, cada vez mais envelhecido”.
O chefe do Governo assinalou, por outro lado, que todos os agentes da proteção civil, incluindo os bombeiros, têm de “fazer um esforço de capacitação”.
“Isso não é a forma de desvalorizar os bombeiros, é a forma de valorizar o seu próprio contributo”, anotou, prometendo que a liga será um “parceiro fundamental” para, “em diálogo”, se fazer a reforma da proteção civil.
“O país não quer, não pode e não deve desperdiçar esta riqueza única que são os bombeiros voluntários portugueses”, concluiu António Costa, aplaudido pelos congressistas.
Veja aqui um excerto da intervenção: