25 de Abril : PS critica Pedro Passos Coelho

O PS criticou hoje a forma “displicente” e “ligeira” como Pedro Passos Coelho “tratou” Mário Soares e Manuel Alegre, dizendo que o primeiro-ministro a eles deve o exercício do seu mandato democrático.

Carlos Zorrinho reagiu assim às declarações do primeiro-ministro sobre a decisão do ex-Presidente da República Mário Soares e do ex-candidato presidencial Manuel Alegre de não estarem presentes na sessão solene do 25 de abril no Parlamento, na quarta-feira, num gesto de solidariedade com a posição tomada pela Associação 25 de Abril, que não se fará representar nas cerimónias oficiais do aniversário do golpe militar.

O líder parlamentar do PS lamentou “a forma pouco institucional, ligeira e displicente como o primeiro-ministro se referiu a personalidades que são grandes responsáveis pela democracia portuguesa”.

“[Mário Soares e Manuel Alegre] são personalidades a quem o dr. Pedro Passos Coelho deve o legítimo mandato para o qual agora foi escolhido pelos portugueses. Em nenhuma circunstância, o primeiro-ministro pode deixar de ter uma visão institucional e não pode referir-se a personalidades como estas da forma como se referiu”, sustentou Carlos Zorrinho.

“O PS salienta fundamentalmente o trabalho que essas duas personalidades fizeram antes e depois do 25 de Abril de 1974 pela consolidação da democracia. Essas personalidades, por aquilo que são, podem fazer as escolhas. Seja qual for a escolha feita por essas personalidades, merece sempre o nosso completo respeito e não se compreende que sejam tratadas de forma displicente e ligeira como foram pelo primeiro-ministro”, declarou o líder da bancada parlamentar socialista.