João Torres começou a sua intervenção na sessão comemorativa do 49º aniversário do 25 de Abril por saudar “todos os democratas” no “ano em que se assinalam os 50 anos do PS e no dia em que assinalamos os 49 anos da Revolução dos Cravos”.
“Um ano e seis dias antes da Revolução, um punhado de homens e mulheres honrados fundou o Partido Socialista”, salientou o também Secretário-Geral Adjunto do PS, que recordou os objetivos políticos de Mário Soares e dos fundadores do Partido Socialista, tendo-se materializado e transformado o país: “O Portugal europeu e não imperial; a lusofonia igualitária entre povos e Estados; uma democracia de modelo ocidental com Governos assentes em sólidas bases parlamentares e um regime semipresidencialista que, juntos, respeitam e conferem equilíbrio à separação de poderes”.
João Torres mencionou em seguida os “ataques à democracia” que têm decorrido, “desde logo, através daqueles que se sentam à extrema-direita neste hemiciclo”. E explicou a receita seguida por estes: “São os que se servem das velhas fórmulas, como o populismo e a demagogia – aliados eternos da ignorância e da iliteracia política – para sabotar a crença na democracia”.
Frisando a maioria parlamentar que os portugueses confiaram ao PS, o vice-presidente da bancada socialista garantiu que o Governo está a “trilhar um caminho de progresso e de redução das desigualdades e a fortalecer o Estado social no acesso à saúde, à educação e ao ensino superior, com mais inclusão, melhor articulação do desenvolvimento territorial e em respeito pelo poder local e pelas autonomias regionais”.
Tal como no período posterior à Revolução, “em que nasciam os primeiros traços da nossa jovem democracia e do esboço da Constituição que nos rege hoje, a nossa mensagem é a mesma: sim, o PS está a respeitar, sim, o PS está a cumprir a vontade do povo português”, asseverou.
“Melhorar a democracia é respeitar a vontade popular, a estabilidade, os mandatos que o povo confere, é garantir que a democracia política e a democracia social caminham lado a lado, porque os populismos são fruto da exclusão”, defendeu o dirigente socialista.
João Torres acrescentou que “melhorar a democracia é rejeitar a vida como um campo de minas, onde quem passar, passou, como nos sugerem e propõem as visões neo e ultraliberais da sociedade, ancoradas no individualismo e na negação da igualdade de oportunidades”.
“Conscientes das responsabilidades de todos nós perante a democracia e as suas ameaças, concluo com um voto de confiança no futuro: com o lema que Jorge Sampaio criou e revestiu de significado para todos os democratas – 25 de Abril sempre!”, invocou João Torres.
“Fascismo nunca mais”, disse.