21 causas para um país melhor
Foi assim que o coordenador do Gabinete de Estudos (GE) e do processo de elaboração deste projeto, João Tiago Silveira, apresentou o documento à Comunicação Social, abrindo-o de imediato à participação alargada e à discussão para seu enriquecimento e melhoramento.
É que, se bem o Projeto do Programa Eleitoral do PS vai ser apreciado, no imediato, na Comissão Política e na Comissão Nacional do partido, no calendário estabelecido ele será submetido ao debate público e poderão ser enviadas propostas e sugestões por militantes e cidadãos independentes.
Assim, entre 25 e 29 de maio proceder-se-á “ao lançamento e votação pelos cidadãos no âmbito do programa participativo”.
A aprovação final do Programa Eleitoral socialista acontecerá só a 6 de junho, durante a Convenção Nacional do PS, conforme previamente noticiado.
Segundo salientou João Tiago Silveira numa conferência de Imprensa realizada na sede nacional do Largo do Rato, “este tem sido um processo rigoroso e planeado”.
“Tem sido também um processo complexo, mas que queremos que traga mais confiança aos portugueses e que confira mais credibilidade às nossas propostas”.
Neste ponto, o coordenador do GE lembrou que o primeiro passo desta longa caminhada de exigência começou com a apresentação de “Uma Agenda para a Década”, documento que, frisou, “dá uma perspetiva de longo prazo a dez anos”.
Depois, recordou, “avançamos com o cenário macroeconómico, dando mais um passo absolutamente fundamental no sentido de sabermos com que é que contamos e como é possível fazer uma política diferente”.
Com a apresentação do Programa Eleitoral do PS dá-se, pois, o terceiro passo, avançando com “as propostas socialistas para os primeiros quatro anos da Agenda para a Década, e que cumpre, naturalmente, a margem financeira com a qual nos comprometemos e que foi traçada pelo cenário económico”.
Rigor, inovação, participação
Debruçando-se sobre os números de todo este processo, João Tiago Silveira referiu que 24 grupos temáticos trabalharam na elaboração das primeiras propostas em 24 áreas diferentes, tendo havido 15 reuniões abertas aos cidadãos, 1500 participantes em mais de 130 reuniões técnicas, mais de 1600 propostas escritas e 1070 estruturas políticas do partido “em ação”.
”Trata-se de um programa rigoroso, de inovação, participado e calendarizado, com sumários escritos em linguagem mais clara para as pessoas perceberem bem a diferença entre as nossas propostas e aquelas que o Governo PSD-CDS fez, e nunca houve diferenças tão evidentes”, sustentou João Tiago Silveira que depois concentrou a sua intervenção na explicação mais detalhada do projeto de programa eleitoral do PS.
Explicou, pois, que os cinco pilares do projeto são dedicados às pessoas, à valorização do território, à prioridade à inovação, à coesão e combate às desigualdades e a “um Portugal global”.
E que o documento assume como desafio para o Estado “a melhoria da qualidade da democracia, uma governação diferente”, garantir a defesa num território alargado, segurança interna e política criminal, a agilização da justiça, a simplificação e digitalização da administração, a regulação eficaz dos mercados, a valorização das regiões autónomas e a descentralização como base da reforma do Estado.
A concluir, o coordenador do GE sublinhou que o projeto de programa eleitoral do PS distingue-se evidentemente das práticas do passado e do presente deste Governo de coligação de direita, avançando de forma transparente, partilhada e participada com “21 causas para podermos ajudar a que o país seja melhor”.
Veja aqui a apresentação e aqui o documento integral do projeto de programa eleitoral do PS.