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Voltar a pôr as pessoas no centro da politica

Voltar a pôr as pessoas no centro da politica

Este Governo é o único responsável pela instabilidade política em que o país tem vivido nos últimos quatro anos, garantiu o Secretário-geral na sessão de abertura da Convenção Nacional do PS, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, encontro onde é hoje aprovado o programa eleitoral do Partido Socialista.

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Voltar a pôr as pessoas no centro da politica

Estes quatro anos corresponderam a quatro anos de “sobressalto” e de “instabilidade” para as famílias e para as empresas. António Costa defendeu que o PS é a única verdadeira alternativa que os portugueses têm para que Portugal possa ter um Governo de confiança.

Continuar com esta instabilidade, afirmou, é continuar a criar na vidas dos portugueses, “sofrimento e a angústia”. É preciso “devolver tranquilidade aos cidadãos”.

O PS “acredita que é possível fazer diferente e melhor”, para voltar a ter um Governo que coloque as pessoas no centro das preocupações da vida política, “um Governo que faça gestão com rigor mas em nome das pessoas”.

Para o líder socialista, a melhor prova que se pode dar aos portugueses de que estes foram quatro anos perdidos, é demonstrado pela vida concreta da grande maioria das famílias, e das empresas. Um “final feliz”, como defendeu o primeiro-ministro, só acontecerá quando o país “mudar de Governo e de política”.

Só com uma enorme insensibilidade social, sustentou o líder do PS, é que é possível afirmar que ao fim destes quatro anos de Governo de direita, com ataques às pensões, cortes nos salários da Função Pública como nunca aconteceram antes, e uma emigração de mais de 350 mil portugueses, que não conseguiram encontrar meios de subsistência em Portugal, que esta é uma história com final feliz.

Esta é uma coligação que está esgotada e que as únicas políticas que ainda pode prometer “é mais do mesmo”. Um Governo que não só não cumpriu com as promessas que fez há quatro anos, como não está em condições de cumprir seja com o que for, e que “não merece nenhuma confiança”. Não cumpriram, como serão incapazes de cumprir, e por isso “não terão o seu mandato renovado”, acrescentou o líder socialista.

PS rejeita teto para a dívida

Portugal precisa é de mudar de políticas e não de Constituição, defendeu António Costa rejeitando a sugestão do primeiro-ministro de impor na Lei Fundamental um teto para a dívida.

Sobre esta matéria, o Secretário-geral socialista justificou a discordância do PS alegando que a ausência atual de um teto constitucional para a dívida não impediu que os partidos da coligação de direita, nestes quatro anos, deixassem de aumentar a dívida de 97% para 130 pontos percentuais do Produto Interno Bruto, ao mesmo tempo que, no seu mandato à frente da Câmara de Lisboa, não foi necessária nenhuma norma constitucional para que baixasse em cerca de 40% a dívida da autarquia.

António Costa não deixou de classificar esta proposta do primeiro-ministro de constitucionalização de um limite para a dívida como uma demonstração de “falta de imaginação” de um Governo esgotado e sem ideias.

Antes de falar sobre o processo de elaboração do programa eleitoral “que mobilizou milhares de militantes e cidadãos independentes e muitos quadros técnicos”, lembrando os mais de sete meses de “intenso trabalho”, António Costa garantiu que o PS não está resignado ou conformado com a atual situação política e social do país, porque “queremos mais e melhor para os portugueses”.