Ao intervir no jantar-comício da coligação Viver Lisboa (PS/Livre/BE/PAN), liderada por Alexandra Leitão, o Secretário-Geral do PS apelou a um “voto consequente” no próximo domingo, dia de eleições autárquicas, afirmando que esse voto “é o voto no Partido Socialista e na coligação Viver Lisboa”.
Perante largas centenas de militantes e simpatizantes, apelou à mobilização de todos até dia 12.
“Não se podem desperdiçar votos. O voto consequente é o voto na Alexandra Leitão. Ganhar Lisboa é ganhar o país”, afirmou.
José Luís Carneiro destacou igualmente a “seriedade, credibilidade e sentido de responsabilidade” da candidatura encabeçada por Alexandra Leitão, enfatizando que se trata da única alternativa verdadeiramente progressista e comprometida com a cidade.
“Só há mesmo uma candidatura séria e credível, e aqueles que aqui não estão foi porque não quiseram estar”, vincou, referindo-se à coligação como um espaço plural de convergência democrática.
Nas palavras que dirigiu à cabeça-de-lista por Lisboa, o líder socialista elogiou a sua “sensibilidade, força e capacidade de ser intransigente quando tem de ser com aquilo que é fundamental”.
Assinalando que “isso é ser radical nos valores e nos princípios”, o Secretário-Geral assumiu partilhar deste posicionamento, acrescentando que “não é preciso afirmá-lo com uma tempestade”, mas “é preciso seguir um caminho”.
Neste ponto e num tom de forte compromisso social, José Luís Carneiro criticou a atual governação da AD chefiada por Luís Montenegro, que acusou de “indiferença e insensibilidade” perante os problemas concretos das pessoas.
“Perguntei ao primeiro-ministro sobre as listas de espera nas cirurgias oncológicas, sobre as rendas moderadas, sobre a falta de vagas em creches e jardins-de-infância. E o primeiro-ministro não me respondeu. Virou-se para temas laterais — é isso que sabem fazer: desviar as atenções”, deplorou.
Do legado à transformação da cidade para o futuro
Depois, sublinhou a importância de mudar o rumo que a cidade capital está a levar com a atual gestão de direita de Carlos Moedas, até porque, frisou, “a Europa olha e inspira-se em Lisboa”.
A propósito, o líder do PS evocou o legado dos presidentes socialistas da Câmara Municipal de Lisboa, recordando Jorge Sampaio, “fonte de transformação”; João Soares, que “erradicou as barracas e acabou com o Casal Ventoso”; António Costa, que “fez o reencontro da cidade com o rio”; e Fernando Medina, que “tornou Lisboa a capital verde europeia”.
“Estas são marcas das quais nos orgulhamos”, sublinhou, assegurando que a candidatura de Alexandra Leitão é a continuação desse percurso.
“Uma candidatura que é já uma forma de ver e compreender o mundo, uma casa comum onde estão todas e todos quantos quiseram estar depois de convidados”, disse.
No encerramento do seu discurso, José Luís Carneiro dirigiu uma saudação especial aos parceiros da coligação — Rui Tavares (Livre), Marisa Matias (Bloco de Esquerda) e Inês Sousa Real (PAN) —, sublinhando que esta convergência política representa “uma expressão viva da pluralidade da esquerda democrática e do humanismo que guia o Partido Socialista”.
Para o líder do PS, a coligação Viver Lisboa simboliza a capacidade de unir diferentes sensibilidades em torno de um projeto comum, solidário e progressista, ao serviço da cidade e do país.
Com um tom de esperança e de ambição, José Luís Carneiro encerrou a sua intervenção com uma mensagem inspiradora: “Que Lisboa seja uma luz, uma força transformadora da vida em sociedade e um modo de compreender o mundo”.
“É essa a nossa visão humanista – a visão do Partido Socialista para Lisboa e para Portugal”, concluiu, sob aplausos prolongados.