Vitória nas europeias representa mais responsabilidade e ambição
O Secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, disse ontem à noite, na reunião da Comissão Política Nacional do PS, que teve lugar na sede nacional, em Lisboa, que a vitória nas eleições europeias realizadas no passado dia 26 de maio não foi um “cheque em branco” dos portugueses, mas antes uma “responsabilidade acrescida” para o PS.
“Acho que temos boas razões para estarmos confiantes, reconhecidos pela confiança que nos foi renovada, mas perceber bem que essa confiança que nos foi renovada não foi um cheque em branco. Foi mesmo uma responsabilidade acrescida que nós temos para concluirmos nesta legislatura o trabalho que ainda temos em curso, para responder às necessidades que os cidadãos sentem e de preparar com qualidade a próxima legislatura”, disse o líder socialista.
Na sua intervenção, António Costa salientou que a credibilidade e o capital de confiança dos portugueses no PS devem-se ao trabalho competente e à seriedade dos compromissos apresentados ao país.
“Se hoje nos podemos orgulhar de podermos dizer que cumprimos tudo o que prometemos, é porque nos preparámos bem para saber o que podíamos prometer e estávamos em condições de cumprir. Essa confiança tem um valor imenso, não podemos abdicar dela e, na próxima legislatura, temos de voltar a provar que é possível”, disse.
Agir e corrigir problemas nos serviços públicos
Apesar do sucesso das políticas do PS e dos avanços que o país alcançou, o Secretário-geral socialista pretende manter a exigência até ao final da legislatura porque “o trabalho não está acabado” e existem problemas urgentes a resolver.
“Fora do âmbito legislativo, há um conjunto de responsabilidades que não podemos deixar de assumir como prioritárias, dando respostas a um conjunto de serviços cujo funcionamento deficiente não é aceitável. Temos de agir de forma a corrigir, seja nos transportes públicos, seja no Serviço Nacional de Saúde, seja quanto à prestação de serviços básicos como a emissão de cartões de cidadão e passaportes”, disse António Costa.
Já no quadro legislativo, o líder socialista referiu que existem diplomas importantes que estão pendentes na Assembleia da República, nomeadamente as leis de bases da Saúde e da Habitação, o Programa Nacional de Infraestruturas e o “conjunto da legislação laboral essencial para combater a precariedade”, sublinhou.