Visão de futuro sobre Lisboa
Segundo o presidente da autarquia alfacinha, este projeto sintetiza “a visão de futuro sobre uma cidade”, uma vez que se sustenta em três dimensões fundamentais: regeneração urbana, reforço da economia da cidade e estabelecimento de parcerias de sucesso.
O complexo, com 20 edifícios e 35 mil metros quadrados, equivalente à área do Terreiro do Paço – “carece [ainda] de obras que ajudem a posicionar este ’hub’ criativo para cumprir a sua função”.
Pretende-se que seja aberto à comunidade, sem se confundir com um centro de escritórios, caracterizando-se pela forte presença de arte urbana e pela preservação do património industrial, que ajuda a conhecer a história da cidade.
A “regeneração urbana de uma área com esta dimensão” – entre Santa Apolónia e o Braço de Prata, que “urge requalificar e regenerar” – era para a câmara “uma prioridade”. Por isso, vincou, o projeto HCB “encerra potencial e puxa para cima esta zona”, permitindo “integrar o tradicional com o inovador”.
Por outro lado, referiu, o “reforço da economia da cidade” é outra marca fundamental do projeto, que “encerra a vontade de criar aqui um dos principais polos de qualificação, de inovação e de progresso, do futuro da cidade”.
“Essa é uma tarefa que a câmara sentiu que não pode negligenciar”, garantiu Medina, acrescentando que “é nos períodos de expansão, como aquele que vivemos, que podemos criar as fundações, dar mais força aos motores, para poder chegar mais longe”.
Atrair os mais inovadores
Assegurando a responsabilidade de gestão das infraestruturas, a câmara delegou a gestão, dinamização, e programação, à Startup Lisboa.
A ideia é atrair “os mais inovadores” para pôr em marcha projetos que não apaguem a dinâmica da capital nem substituam outros espaços e outras zonas da cidade igualmente vibrantes.
A incubadora de empresas alemã Factory, a Unicer, a Mercedes, e a Web Summit, foram apresentadas como as primeiras quatro entidades que farão parte do projeto HCB.
“Escolhemos os parceiros certos para escolher os parceiros certos”, afirmou o edil lisboeta, assinalando eu o sucesso do projeto passou pela humildade de a câmara admitir “que não sabia o suficiente para desenvolver bem uma zona com este potencial”.
O essencial, revelou, “é saber não fazer deste projeto uma operação imobiliária, em que simplesmente nós arranjamos espaços a quem quer vir para aqui”.
“Temos de ter aqui aqueles que possam beneficiar de estarem uns com os outros, e não aqueles que simplesmente ocuparão o mesmo espaço físico, mas viverão sempre de costas voltadas uns para os outros”, reiterou, concluindo que o dia da inauguração da HCB “marca o começo da trajetória comum com os melhores parceiros, para iniciarmos esta caminhada”.
Por sua vez, a secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann, realçou o “reconhecimento internacional” de um espaço “fervilhante de energia e criatividade”, considerando-o “um dos melhores do mundo”.