VIRAL

Enfim, é a vida. Pelo menos na liberdade que tanto prezamos. E face a ela há que prosseguir o caminho traçado, ou seja, governar bem em defesa da maioria dos cidadãos. A ação positiva do governo é sempre a melhor resposta para os que o atacam. Mas há também que saber aproveitar os novos meios de informação que temos hoje ao nosso dispor. Sobretudo através de um uso inteligente, aberto e participado nas redes sociais. É um campo onde está muito por fazer. E, aqui, sejamos realistas. Trata-se de um campo que ainda é visto pela política corrente como acessório, lateral, porventura uma coisa de jovens ociosos, quando na verdade é por ele que hoje passam os grandes debates da sociedade, onde se exprime o sentido crítico e ativo das novas gerações, no qual se manifestam expetativas, ideias, conhecimentos e aspirações de um devir melhor. O futuro passa certamente por esta nova comunicação social, cultural, científica, altamente política e participativa.

Esta edição on-line do jornal do PS mostra que esse caminho vai sendo feito. A ele se devem juntar muitas outras iniciativas de opinião e debate livre usando as redes sociais e em geral o extraordinário poder comunicacional e viral da Internet. Viral é aliás um conceito muito interessante que deveria ser melhor entendido pelos agentes políticos. Significa que qualquer um pode criar algo que de imediato é visto por milhões de pessoas. Significa que é possível, com criatividade, defrontar e superar o conservador império mediático. Dou um exemplo que, como artista, me agrada em particular: o vídeo “Together” da campanha de Bernie Sanders que se tornou de imediato viral.

O que se aprende com este vídeo? Mensagem clara e direta, mas sobretudo muita criatividade. É dela que precisamos cada vez mais na ação política.