“Vou estar concentrado nos próximos dias em dizer às pessoas que é mesmo possível viver melhor em Portugal e que podem confiar em nós”, afirmou o Secretário-Geral socialista, esta manhã, no arranque da arruada pelas ruas da Ajuda, em Lisboa.
Na ocasião, o líder do PS salientou que, no atual contexto de incerteza e instabilidade agravada pela AD em onze meses de mandato, os socialistas continuam determinados em “continuar a transformar o país, para aumentarmos salários e pensões, para reduzir o custo de vida, para garantir casas e defender o Serviço Nacional de Saúde”.
Insistindo na necessidade de “mobilizar o nosso povo, dar-lhe esperança, mostrar-lhe que é possível termos uma mudança segura e positiva em Portugal liderada pelo PS”, Pedro Nuno Santos falou diretamente com centenas de pessoas – mulheres, jovens e idosos –, que dele se aproximaram para lhe exprimir uma vontade de mudança, garantindo-lhes que o cenário decorrente do falhanço do governo da AD está prestes a acabar.
Neste contacto com a população, em que esteve acompanhado por Mariana Vieira da Silva, cabeça de lista do PS por Lisboa, e Alexandra Leitão, candidata pelo PS à Câmara de Lisboa, o Secretário-Geral destacou o entusiasmo e a energia envolventes, vincando ser percetível nas ruas a urgência de deixar para trás a instabilidade e deceção geradas em apenas 11 meses pela equipa de Luís Montenegro e pelo próprio primeiro-ministro.
“É a força do voto. O PS vai ganhar e o PS vai governar”, enfatizou depois, em resposta a uma questão colocada pelos jornalistas, aquando da passagem pelo Palácio de Belém, sobre se teria vontade de ir dizer a Marcelo Rebelo de Sousa que o deve nomear primeiro-ministro caso ganhe as eleições.
Habitação “é preocupação central”
Em reação a notícias que revelam haver sem-abrigo que se dirigem aos hospitais à procura de cuidados de higiene, dormida e alimentação, e de como se combate esse problema, Pedro Nuno Santos reiterou que a habitação “é uma preocupação central” para o Partido Socialista.
“O Governo disse que também era uma preocupação para eles, mas ao mesmo tempo que o diziam cortaram o apoio ao arrendamento a mais de 40 mil famílias que hoje estão a cortar na alimentação para segurar as casas e outras não conseguiram mesmo segurar as casas”, lamentou, criticando igualmente que alguns jovens que recebiam o Porta 65, como apoio ao arredamento, estejam à espera “há seis e sete meses”.
Depois, avisou que a crise na habitação continua a agravar-se, deplorando que haja quem, tendo já perdido a casa, se veja agora na necessidade de tentar “formas alternativas que obviamente não são dignas para ninguém”.
E ao voltar a ouvir mais relatos de pensionistas que se queixaram das reformas baixas e rendas altas, o líder do PS pegou num megafone e voltou a insistir na mensagem de esperança para uma “mudança positiva”.
“Vamos trabalhar todos nestes dias que nos restam para mobilizarmos os nossos amigos, os nossos vizinhos, os nossos colegas de trabalho para uma grande vitória no domingo”, finalizou.