Valorizar o Interior
Para o primeiro-ministro, Portugal não conseguirá alcançar os níveis de desenvolvimento que há muito ambiciona se não for capaz de estabelecer um paralelo entre a necessidade de desenvolvimento e uma aposta economicamente forte no interior do país.
Vencer esta batalha, alertou António Costa, passa cada vez mais por uma definição clara do modelo de desenvolvimento que se pretende para o país e o papel que se deseja reservar à função económica do interior. Sem resolver esta equação, defendeu, dificilmente se conseguirá “sequer sustentar os graus de coesão conquistados até agora”.
Daí a importância da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, iniciativa que será coordenada pela deputada socialista Helena Freitas, um instrumento que na opinião do chefe do Executivo se reveste de uma indesmentível pertinência para que o país possa aumentar o seu potencial de crescimento e “olhar o futuro de uma forma sustentada”.
Insistindo que a pedra angular da verdadeira reforma do Estado tem de passar pela descentralização, e que o desenvolvimento harmonioso e equilibrado do território nacional não poderá excluir esta vertente, o primeiro-ministro mostrou-se convicto de ser este o caminho mais correto e o que melhor se adapta à “afirmação da economia portuguesa”, quer no mercado ibérico, quer no mercado europeu, se de facto se deseja, como questionou, que Portugal disponha de uma “administração mais eficiente”.
A Unidade de Missão para a Valorização do Interior, criada em Conselho de Ministros em janeiro, dando cumprimento a um compromisso assumido no Programa do Governo socialista, tem como objetivo criar, implementar e supervisionar um programa para a coesão territorial, promovendo medidas de desenvolvimento do interior e de atração e fixação de pessoas nestas regiões.