“Valeu a pena este percurso durante quatro anos”
Numa entrevista à agência Lusa, o presidente da bancada do PS declarou que “foi um período que nos permitiu também conjugar esse esforço no domínio das políticas sociais com a ativação da nossa economia, gerar centenas de milhares de empregos no nosso país e atingirmos uma taxa de desemprego sem paralelo na nossa história, muito diminuída”.
“Hoje podemos dizer que valeu a pena este percurso durante estes quatro anos, que foi retomado um regime de confiança das pessoas nas suas instituições, dos investidores e empresários, nacionais e estrangeiros, nesta política liderada pelo PS”, asseverou.
Ao fazer um balanço da atual legislatura, a propósito do debate sobre o estado da nação da próxima quarta-feira, na Assembleia da República, o líder parlamentar socialista acrescentou que, “conjugados esta recuperação social com a ativação da economia e a estabilização das contas públicas e aproximação ao equilíbrio completo”, Portugal tem condições de “perspetivar o futuro de forma mais confiante e otimista”, permitindo a breve prazo “investir mais nos serviços públicos, seja na saúde, educação ou transportes”.
De acordo com Carlos César, o “momento alto desta legislatura” foi a “vitória da estabilidade política, marcada pela aprovação dos quatro Orçamentos do Estado”. Pelo contrário, lamentou a “acentuação muito negativa da crispação no diálogo interpartidário, em particular com os partidos à direita”.
“Esta experiência demonstrou que, felizmente, os partidos são todos diferentes e, por isso, os portugueses podem continuar a distingui-los na sua opção de voto. Apesar da confluência entre PS, PCP, BE e PEV nesta legislatura, as diferenças também entre nós são e serão significativas”, garantiu.
O também presidente do Partido Socialista referiu ainda que, mesmo que se repita a atual solução política na próxima legislatura, com acordos à esquerda, “é fundamental, da parte do PS, assegurar que ela decorre na observância de uma política de rigor em matéria de finanças públicas”.
“O pior que nos podia acontecer era irmos atrás de tudo dar e tudo fazer, em dissonância com as capacidades que o país tem do ponto de vista dos recursos financeiros. Se nós formos atrás desses entusiasmos excessivos, podemos pôr em causa tudo quanto conseguimos até hoje. Uma nova experiência nesse domínio terá de contar por parte desses partidos com a compreensão dessa preocupação e política de sustentabilidade económica, social e financeira”, acrescentou.