Vacinação é “sinal de encorajamento” para o caminho que nos falta atravessar
Para a ministra da Saúde, o início do processo de vacinação contra a Covid-19 assume, antes de mais, também de forma simbólica, um carácter de “homenagem ao esforço dos profissionais de saúde que têm estado desde o primeiro dia na linha da frente da luta contra a pandemia”, lembrando que o Curry Cabral tem sido uma unidade hospitalar com um “desempenho muito significativo” na batalha contra a pandemia, cujos profissionais, como acentuou, “desde a primeira hora que se têm mantido envolvidos neste combate”.
Um combate que, na opinião da ministra da Saúde, não pode negligenciar uma “renovada confiança na ciência”, mas também na manutenção das “regras básicas” há muito divulgadas pela DGS, que devem ser mantidas, como lembrou Marta Tremido, “até se atingir um nível de imunidade que nos permita o regresso às nossas vidas normais”, voltando a referir que as primeiras doses de vacinas que chegaram ontem a Portugal, têm como destino, não só os hospitais do SNS, mas também servir “às primeiras unidades de cuidados de saúde primários”.
Tudo a correr como previsto
A ministra deslocou-se depois ao fim da manhã ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, onde anunciou que, de acordo com o sistema de informação de vacinas, tinham sido já administradas 4.828 doses aos profissionais de saúde.
Ainda de acordo com a ministra, a segunda remessa de vacinas da farmacêutica Pfizer-BioNTech vai permitir alargar a distribuição a outras unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, referindo Marta Temido que a exceção a este princípio será em relação a alguns hospitais especializados que “não receberam doentes Covid” e que por esta razão, como salientou, não entram, nesta fase, “nos critérios de elegibilidade”.
A ministra deixou ainda a garantia de que tudo está a ser feito para que “até ao final do dia de hoje”, terça-feira, o processo de vacinação aos profissionais de saúde elegíveis esteja concluído, garantindo que “não haverá uma exclusão do setor privado” e que os profissionais de saúde “estão todos abrangidos” independentemente da sua entidade empregadora, sublinhando que a opção de se ter começado o processo de vacinação pelo SNS “prende-se com o carácter central no sistema de saúde português”.