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Uma escolha “fora da caixa político-mediática” para ajudar a pensar estrategicamente o país

Uma escolha “fora da caixa político-mediática” para ajudar a pensar estrategicamente o país

O primeiro-ministro, António Costa, explicou ontem, no Parlamento, o convite ao gestor António Costa Silva para coordenar o desenho do programa de recuperação da economia pós-pandemia, por ser uma personalidade capaz de "pensar estrategicamente o país", "fora da caixa" e da "bolha político-mediática".
Uma escolha "fora da caixa político-mediática" para ajudar a pensar estrategicamente o país

“É muito importante que quem está no exercício de funções políticas seja capaz de ouvir para lá da bolha político-mediática, chamar à colaboração especialistas, técnicos, porque têm uma visão fora da caixa que muitas vezes nos ajudam a refletir”, referiu o líder do Governo, lembrando que já o tinha feito enquanto ministro e presidente da Câmara de Lisboa.

Em resposta a uma interpelação da bancada do PSD, durante o debate quinzenal na Assembleia da República, António Costa sublinhou, também, uma diferença clara em relação à contratação de António Borges como consultor pelo então Governo PSD/CDS, em 2012.

“A única coisa que mudou foi a missão: eu não convidei ninguém para assessorar negócios, convidei alguém para pensar estrategicamente o país”, vincou o líder socialista, lamentando que o PSD tenha optado, pela voz do vice-presidente da bancada Adão Silva, por “voltar à pequena mesquinhez da politiquice”, quando o país precisa da comparência de todos para um debate sério e procura de consensos.

“Verifico que estava cansado de estarmos num debate de nível de Estado”, apontou.

António Costa disse ainda respeitar quem tenha uma visão de autossuficiência do sistema político, mas que essa é uma visão que não partilha: “Já percebemos qual será o estilo de governação do PSD, se não se importa, enquanto eu governar, governarei com o meu estilo”, rematou.

O primeiro-ministro reafirmou ainda que conta com o contributo de todos os partidos, “na pluralidade da sua representação”, apresentando ideias para o país ultrapassar a crise.

“Ainda não tive oportunidade de ler o programa que o PSD apresentou, já o imprimi, levo-o para casa e, no meio de tantas páginas e ideias, certamente em algumas haverá convergência”, disse, congratulando-se por observar que “queremos todos o bem de Portugal”.