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Um rumo claro para a Educação

Um rumo claro para a Educação

A audição ao Ministro da Educação foi inequívoca: existe hoje um rumo claro para as políticas deste sector. A equipa ministerial tem uma ideia precisa sobre o modelo de avaliação e aferição e, mais importante ainda, sabe enquadrar esse instrumento num conjunto mais alargado de políticas públicas, que visam fortalecer o nosso sistema de ensino.

Opinião de:

Um rumo claro para a Educação

Após quatro anos de desvalorização sem precedentes da qualificação das pessoas, PSD e CDS parecem ter esquecido rapidamente o seu legado destrutivo. Acreditar que o papel da Escola é meramente o de avaliar e traduzir numa dimensão quantitativa a aprendizagem de um aluno é uma forma extraordinariamente redutora de compreender o seu papel. Mas este foi, durante anos, um paradigma que imperou e que, agora, importa revisitar com a maior celeridade.

Também a Educação, a par do que sucedeu em diversos domínios da sociedade, sofreu experimentalismos nocivos que deixaram marcas profundas em todos os agentes da comunidade escolar. O Governo anterior pautou-se em voltar alunos contra professores e em instigar conflitos permanentes que, no seu conjunto, estabeleceram um quadro negativo de novos problemas que, hoje, o Governo e a maioria parlamentar terão de resolver.

A Escola deve estar centrada nos alunos, na sua aprendizagem e, fundamentalmente, no desígnio coletivo de formar cidadãos. Com efeito, um dos objetivos centrais no domínio da Educação é o combate contra o abandono e insucesso escolar. A bateria de exames a que os alunos eram sujeitos até este ano letivo em nada contribuiu para a resolução destes problemas.

A Escola Pública é uma prioridade para o Partido Socialista, porquanto constitui uma ferramenta indispensável ao reforço da Igualdade e à prossecução de mais oportunidades para todos. Fomos determinantes na construção de todos os pilares do Estado Social e, uma vez mais no Governo, defendemos, sem sofismas, um ensino público universal que não deixe nenhum cidadão para trás.

Com o Partido Socialista, não haverá tentativas disfarçadas de implementar o cheque-ensino ou outras medidas que, em última análise, tenham como objetivo final o enfraquecimento e a cedência neoliberal do modelo educativo. Pelo contrário, o compromisso do Ministro da Educação na audição foi claro, ao enunciar a necessidade de criarmos um verdadeiro Sistema Nacional de Educação, devolvendo a tranquilidade às escolas. PSD e CDS terão de refazer os trabalhos de casa.

João Torres
Secretário-geral da Juventude Socialista
Deputado à Assembleia da República