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Um mês

Um mês

Estamos a um mês das eleições. Há momentos em que todos os pormenores contam, para além do acerto geral das nossas propostas e da nossa intervenção.

Opinião de:

Um mês

Não estamos no governo, não dispomos de legiões de moscas varejeiras para destruir as nossas propostas nas redes sociais, nem sempre temos disponível a informação mais atualizada e sobretudo não a podemos utilizar de forma tática, como o fazem os nossos adversários. Não vale a pena queixarmo-nos da desigualdade da luta. A luta, no fundo, é desigual mas a nosso favor, pois temos tudo para vencer: uma política sinistra a destruir as conquistas que acumulámos, desacreditada e ainda mais desacreditável; o desamor da população que nunca afagou carrascos; o cinismo e a mentira reincidentes nos adversários; a vontade de todos mudarmos de governo; e a boa imagem de António Costa que não precisa de lições de voz e imagem para ser o que é: um homem sério, aberto e franco, corajoso e que não regateia esforços para nos liderar na mudança. São muitas as vantagens com que partimos. Do outro lado temos quase sempre a antítese de tudo isto e agora máscaras de bondade e de compaixão para quem usou sempre de frieza e mentira nas relações com o Povo.

Se partimos com estas vantagens, sabemos também que os resultados das pesquisas eleitorais tendem a ser, pela estreiteza da amostra, repetição e pela intoxicação das redes, só aparentemente ajustados à realidade. Não estranharemos, pois, que uma ou outra sondagem nos sejam desfavoráveis. Devemos lembrar que elas não são o voto a 4 de Outubro, quando muito o retrato dos dias de trabalho de campo, caso sejam honestas. E não temos razão de queixa nessa matéria, tendo em conta a notável consistência de resultados em todas as empresas.

Sofremos em Agosto ataques vis que geraram erros nossos. Aprendemos com a lição e sabemos como a disciplina da mensagem política é doravante indispensável. Cada um de nós não é mais um militante ou simpatizante independente, mas uma voz que pode agregar energia ou dissipá-la. Dentro de uma semana teremos um importante embate mediático. Não há embates decisivos, apenas importantes. Antes e depois está ao nosso alcance construir a vitória.