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“Um Congresso mobilizador”

“Um Congresso mobilizador”

A Corrente Sindical Socialista (CSS) da CGTP-IN está a crescer não só em termos do número de sectores, mas também no cômputo de militantes e simpatizantes a nível nacional. A comprová-lo, o Congresso que se realizou em Lisboa, nos passados dias 24 e 25 de fevereiro.

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“Um Congresso mobilizador”

Participaram ativamente nos trabalhos 29 sindicatos de vários sectores de atividade, nomeadamente, de professores, da saúde, da vigilância e muitos outros representados por 75 mulheres e …. 62 homens! Creio que é a primeira vez num Congresso Sindical, excetuando talvez os de sectores que representam uma maioria de mulheres e mesmo assim, em que a composição é maioritariamente de mulheres.

Em debate, como “prato forte” a Resolução Político-Sindical “Numa Europa Solidária, Um Portugal Desenvolvido, Com Progresso Social!”, que congrega a análise da situação político-sindical e as posições, orientações e reivindicações da CSS, mas os delegados e as delegadas também se debruçaram sobre propostas de alteração à Declaração de Princípios e aos Estatutos da CSS. Intervieram ainda sobre o Relatório de Atividades para o período entre 2015 e 2018, culminando com a eleição dos órgãos dirigentes da CSS da CGTP-IN.

Submetido a uma exigente ordem de trabalhos, o Congresso teve uma sessão de abertura, inserida já no seu contexto, onde usaram da palavra o Secretário-geral da CSS da CGTP-IN – Carlos Trindade – e eu própria em representação do Departamento de Trabalho do PS.

De sublinhar que, para além das intervenções porventura mais “clássicas”, incidindo sobre as dificuldades e insuficiências de determinada empresa ou sector, nomeadamente os problemas vividos no sector da saúde ou questões de âmbito nacional como a caducidade e o princípio do tratamento mais favorável, ou os aumentos salariais e as progressões nas carreiras da função pública, ou uma estratégia ganhadora de ação sindical, intervenções houve, fora do “circuito político-sindical”, tão inesperadas como interessantes sobre, por exemplo, “o equilíbrio” e a sua imperiosa necessidade na nossa vida, seja a que nível for.

Foi de tal modo evidente a relevância da negociação coletiva, do seu contexto atual e do papel determinante que representa para muitos milhares de trabalhadores, que o tema central da habitual Conferência Internacional promovida pelo Instituto Ruben Rolo e pela Fundação Friedrich Ebert (FFE) centrou-se na “Crise e Recuperação da Negociação Coletiva na Europa”, não descurando o debate da negociação coletiva em Portugal no setor público e no setor privado.

De sublinhar também a excelente condução dos trabalhos pelo Presidente da Mesa do Congresso, Fernando Jorge Fernandes, que com especial habilidade conseguiu dirigir os dois dias de intensos debates sem autoritarismo ou prepotência, mas garantindo uma perfeita organização no desenvolvimento dos diversos pontos a abordar.

A sessão de encerramento viveu um momento particularmente emotivo, quando o dirigente da FFE Reinhard Naumann escolheu como tema para se dirigir ao Congresso a figura do recém-eleito, por unanimidade e aclamação, Presidente Honorário da CSS – Óscar Soares, um militante sindical de invulgar qualidade, fundador da Corrente Sindical Socialista, agregador de vontades e mobilizador de pessoas, solidário e defensor de princípios de que nunca abdicou e que nortearam toda a sua vida.

Lembrou as primeiras reuniões para a criação da CSS, em que as pessoas, cansadas ao fim de um dia de trabalho, lançavam ideias e esgrimiam posições e o Óscar Soares “colava os cacos” e levava todos a pensarem no essencial e na importância do que estava em causa.

Usou ainda da palavra nesta sessão, o Secretário-geral da UGT e da Tendência Sindical Socialista (TSS) a nível nacional – Carlos Silva – que se fez acompanhar pelos secretários-gerais adjuntos Sérgio Monte e Luís Correia, e pelo membro do Secretariado Executivo Luís Costa. Também presente, e em representação do “Grupo Ad-Hoc” do Departamento de Trabalho do PS, esteve o dirigente e negociador sindical Victor Coelho.

Convidada de honra para fechar o conjunto das intervenções e encerrar o XV Congresso da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, Ana Catarina Mendes, nas suas funções de Secretária-geral adjunta do PS, apoiou a ideia já avançada pelo Secretário-geral da CSS – Carlos Trindade – para a realização de um Encontro da TSS nacional e vincou a importância fundamental do papel dos dirigentes e militantes da CSS na prossecução e concretização dos princípios e objetivos do Partido Socialista, para uma sociedade que melhore a vida das pessoas e que garanta o trabalho digno para todos.

O XV Congresso da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN acabou ao som de “Grândola Vila Morena” e do Hino Nacional.