Turismo aponta a crescimento recorde e sustentado

Reconhecendo que ainda há um longo caminho a percorrer para que o sector possa atingir padrões ainda mais relevantes para o fortalecimento da economia portuguesa, Caldeira Cabral mostrou-se contudo muito satisfeito pelo crescimento “recorde de turistas” que se verificou nos primeiros seis meses deste ano, o que cria, segundo o ministro, “uma responsabilidade acrescida de se fazer não só mais, mas melhor”, apontando neste sentido, para o esforço que está a ser feito na formação profissional e no investimento em escolas de turismo de Portugal.

Depois de confirmar que o Governo está a trabalhar numa “estratégia agregadora” no turismo para os próximos dez anos, um plano que, segundo o governante, inclui aspetos de mobilização como, por exemplo, o programa apresentado pela TAP (stopover), onde a companhia nacional de aviação se associa a 150 empresas de animação, de hotelaria, de restauração e de vinhos, permitindo aos passageiros provenientes dos EUA ou do Brasil com destino à Europa, e que viajem na companhia portuguesa, ao fazerem escala em Lisboa ou no Porto, usufruir de uma estadia de um, dois ou três dias sem custos adicionais ao nível dos bilhetes.

Assegurar Portugal como um destino turístico de qualidade é, segundo Caldeira Cabral, um dos objetivos determinantes para um crescimento sustentado da economia do país, recordando a este propósito que o sector está a crescer não só em número de turistas mas também no valor que cada um gasta.

Mais turistas não pode ser uma moda

Segundo os responsáveis da transportadora aérea nacional, em 2017, ao abrigo deste novo programa da TAP, são esperados 150 mil visitantes, número que se prevê possa duplicar para os 300 mil em 2018, possibilitando uma injeção de cerca de 150 milhões de euros na economia portuguesa só em temos de consumo.

Também Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, igualmente presente na cerimónia, destacou o excelente ritmo a que o turismo tem crescido na capital, advertindo contudo para que não se cometa o erro de se “achar que como tudo está a correr bem, já não ser preciso fazer mais nada”, defendendo que “precisamos de fazer mais e melhor”, considerando que o crescimento do turismo “não é apenas uma moda passageira”, pelo que é preciso, como adiantou, “redobrar os esforços para manter esta tendência positiva”.