Trazer as autarquias para o centro da gestão portuária
Na ocasião, Ana Paula Vitorino referiu que a gestão do território deve ser feita por quem de direito, advogando uma aproximação entre a “escala de decisão” e a “escala de intervenção”.
Neste sentido, enfatizou que “deve haver uma ligação forte entre aquilo que são os desejos e o planeamento físico e territorial por parte das autarquias”.
“Queremos chamar as autarquias a participar nesta matéria, (…) não temos dogmas relativamente à forma de transferência e partilha dessas responsabilidades e dessa capacidade de decisão sobre os espaços ribeirinhos, mas estamos abertos efetivamente a que possa ser, quer transferência, quer gestão partilhada desses espaços”, explicou a governante.
Segundo observou a ministra, esta intervenção dos municípios tem por base uma “gestão de proximidade do território e a melhoria da qualidade de vida das pessoas”.
Dirigindo-se aos presidentes das Câmaras de Almada, Barreiro e Loures, presentes no seminário que decorreu na Gare Marítima de Alcântara (Lisboa), Ana Paula Vitorino garantiu que o Executivo liderado por António Costa não procura “aligeirar responsabilidades ou transferir para outras entidades democraticamente eleitas aquilo que não quer ou não gosta de gerir”.
“Queremos que o porto de Lisboa acrescente valor”, vincou, defendendo que isso “só acontece se houver a vontade de todos”, pelo que disse esperar que o porto seja “um motor de desenvolvimento e um polo agregador do desenvolvimento à escala regional e à escala nacional”.
Novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia para este verão
Ao finalizar o seminário que decorreu na Gare Marítima de Alcântara, Ana Paula Vitorino estimou que a obra do novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia, em Lisboa, termine em junho e que a infraestrutura possa ser inaugurada “este verão”.
E aproveitou para salientar que tem existido um “crescimento absolutamente fabuloso” do tráfego de cruzeiros.
“Mais de 70% é de facto um valor significativo”, acentuou.
Assim, em termos numéricos, o Governo espera “345 escalas e 525 mil passageiros” este ano, o que constitui “um ano de sucesso para a atividade de cruzeiros no Porto de Lisboa”.
A ministra do Mar indicou igualmente que o novo terminal difere das atuais infraestruturas, pois “permite fazer outro tipo de serviço” e aumentar a qualidade.
“Do ponto de vista funcional e operacional, terá maior capacidade de dar conforto e de atrair novos passageiros com outro tipo de escalas e irá dotar Lisboa de uma oferta de excelência ao nível internacional”, vincou.