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Transportes públicos estão com nível de oferta próximo do pré-pandemia

Transportes públicos estão com nível de oferta próximo do pré-pandemia

O deputado do Partido Socialista Hugo Costa pediu ontem, no Parlamento, “confiança nas respostas públicas” nas áreas dos transportes e da habitação, e alertou que não é do interesse do país que se coloque “portugueses contra portugueses” com discursos “perigosos”.

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Transportes públicos estão com nível de oferta próximo do pré-pandemia

O coordenador do Grupo Parlamentar do PS na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sublinhou que as empresas públicas de transporte, “ao contrário dos privados, estão com o nível de oferta próximo do pré-pandemia e, no caso da CP, reposto a 100%”.

Durante o debate requerido pelo Bloco de Esquerda sobre a resposta à Covid-19 na Grande Lisboa nos transportes e na habitação, Hugo Costa frisou que o “receio do transporte público passou a ser uma consequência inevitável dos dias que vivemos”, sendo por isso crucial “o restabelecimento da confiança para a necessária recuperação económica sem colocar em causa o eixo da saúde”. E deixou um aviso: “Não devemos colocar portugueses contra portugueses”.

Um dos pressupostos das políticas públicas para o Partido Socialista é “combater, sempre, as desigualdades”, asseverou.

O Grupo Parlamentar do PS “assume a existência de dificuldades” nos transportes, “a maioria delas anteriores a março deste ano, algumas delas com décadas e outras fruto da tentativa de destruição e privatização das empresas de transporte público no período da troika”, recordou o deputado.

Hugo Costa voltou aos “tempos da troika”, quando “era necessário desmantelar e privatizar, e não investir”. “Era a única estratégia existente para os transportes. Com esta visão, como seriam os resultados nos dias de hoje? Basta ver como se comportam os privados neste tempo e pandemia”, disse.

Ora, o “atual Governo tem investido no material circulante, em novas linhas ferroviárias de metro, barcos e autocarros”, salientou o socialista, que garantiu que o PS está disponível para, “em conjunto com todos os agentes e o Governo, encontrar as melhores respostas”.

Mas estas respostas têm de ser “credíveis”. E deu o exemplo de uma proposta debatida no plenário de hoje, que é substituir comboios por autocarros: “Além de ser ambientalmente inviável, seriam necessários cerca de 40 autocarros por cada comboio”. “Não nos parece possível”, afiançou.

“A nível da habitação, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista defende que a uma crise económica e social não se siga um problema de habitação. Isso tem de ser feito com apoios aos arrendamentos, aos créditos e com medidas como ‘Bairros Saudáveis’”, concluiu.