Transformar Portugal através do conhecimento
“Se é verdade que Portugal foi o campeão na divergência económica em relação à Europa, também deve ser dito que esse ciclo negativo foi invertido em 2017, com um crescimento económico robusto, o mais elevado do século e superior à média da União Europeia”, sublinhou hoje o deputado Carlos Pereira, durante o debate marcado pelo PS sobre a modernização da economia através da inovação e da ciência.
A mudança estrutural na economia, levada a cabo pelo Governo socialista, “começou com a implementação de uma melhor distribuição de rendimentos, não apenas com a devolução do que tinha sido retirado aos portugueses, mas também com melhorias no salário mínimo, com passos certos na estabilidade fiscal e no controle das contas públicas”, explicou Carlos Pereira.
O vice-presidente da bancada parlamentar do PS lembrou as más estatísticas durante a governação PSD/CDS, quando “os eventuais aumentos de produtividade” eram o “produto do aumento do desemprego, que cresceu a um ritmo superior ao crescimento económico”. “Recusamos esse caminho”, asseverou.
Carlos Pereira congratulou-se com a aposta do atual Executivo nas exportações, explicando que o Governo está a “colocar o conhecimento produzido pelo país fora – pela geração mais bem qualificada de sempre em Portugal – ao dispor do marcado, ao alcance das empresas”. Nada do que está a ser feito é algo de novo, já que o Governo “arrumou e deu corpo, estímulo e incentivo ao sistema de ciência e tecnologia em Portugal”, apontou.
Governo criou programas que apostam na inovação e conhecimento
Carlos Pereira lembrou que, recentemente, a direção da COTEC alertou que “empresas mais inovadoras exportam seis vezes mais, têm lucros oito vezes maiores, registam ganhos de produtividade por trabalhador 50% acima da média, criam quatro vezes mais emprego e pagam salários 60% mais elevados”. Ora, “é este o ecossistema que estamos a criar em Portugal”, garantiu.
O deputado socialista deu o exemplo de um programa criado pelo Governo, o Interface, que já deu resultados “muito visíveis”. “É o principal motor da mudança estrutural e tem por objetivo explorar a capacidade científica e tecnológica gerada nos últimos anos em Portugal e valorizar os recursos humanos altamente qualificados”, disse.