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Tempo de agir

Tempo de agir

A tragédia que se abateu sobre as regiões do norte do distrito de Leiria, nomeadamente, nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos e que se estendeu depois a Alvaiázere, Sertã, Pampilhosa da Serra, Penela e Góis deixou um rastro de destruição e marcas muito profundas naquelas comunidades.

Opinião de:

Tempo de agir

Os bombeiros lutaram com todas as forças contra um fogo que vestiu de negro a paisagem. Até onde a vista alcança.  

Perderam-se vidas humanas, outros ficaram gravemente feridos, para muitos o esforço de uma vida ficou reduzido a cinzas em poucos minutos, postos de trabalho foram destruídos, alguns dificilmente são recuperáveis no imediato, nomeadamente, os que estão ligados à floresta. Numa região escassamente povoada é urgente agir com eficácia e restituir esperança às populações.

Para além da avaliação que tem de ser feita sobre o que aconteceu ao nível das decisões e dos recursos materiais para que se evitem outras catástrofes, agora, é tempo de apoiar as vitimas e de mobilizar todos os esforços para que as populações voltem a acreditar no futuro. 

A solidariedade para com as populações afetadas nestes concelhos pelos incêndios veio de todo o país e do estrangeiro, donativos de cidadãos anónimos e apoios financeiros de entidades internacionais vão contribuir para atenuar os prejuízos sofridos. Desde o início da tragédia que autarcas, bombeiros, militares, cidadãos anónimos, técnicos da segurança social e profissionais de saúde ajudam as populações. 

O Governo através dos vários ministérios esteve sempre no terreno e faz, agora, o levantamento dos prejuízos e das necessidades, para que rapidamente se criem respostas céleres às populações afetadas. As unidades móveis para a emissão dos cartões de cidadão e o abate de viaturas destruídas estão já instaladas. 

O Governo criou um fundo, de âmbito social, de apoio à revitalização das áreas afetadas cujo destino imediato é a reconstrução e reabilitação das habitações e do seu apetrechamento.  A par da reconstrução das casas, o Governo em articulação com as autarquias e as entidades locais garante apoios públicos nas áreas da Segurança Social, do Planeamento e Infraestruturas, da Economia, da Agricultura e da Habitação.  É urgente intervir em todas as áreas, criar incentivos para a fixação de empresas na região que criem postos de trabalho. 

A Reforma da Floresta tem de ser feita, mas os seus efeitos vão demorar anos. Impõe-se a atualização do cadastro, um rigoroso ordenamento, um licenciamento adequado e uma fiscalização exigente. As opções políticas têm de colocar o interesse coletivo acima de quaisquer outros interesses. O território cujo arvoredo foi dizimado pelo fogo exige um plano especial para que a floresta volte, de novo e em segurança,  a ser fonte de vida.