Sucesso de Portugal assenta na recuperação da confiança
Perante uma plateia de empresários portugueses e tunisinos, António Costa defendeu que o seu Governo, depois dos anos da ‘tróica’ em Portugal e da crise financeira, apostou seriamente numa estratégia que combinou de forma “harmoniosa a disciplina orçamental e a reposição de direitos sociais”, o que em sua opinião muito tem ajudado, não só para baixar o défice das contas públicas, que em finais de 2017 deverá situar-se nos 1,4% do produto, mas que permitiu também, como referiu, que Portugal tivesse saído do Procedimento por Défice Excessivo na União Europeia, para além de ter visto o seu ‘rating’ revisto em alta pela agência de notação financeira Standard & Poors.
António Costa considerou ainda como um sinal muito positivo o facto de Portugal estar a conseguir pagar antecipadamente o seu empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sustentando que o conjunto das decisões que o seu Governo tem tomado, a nível económico e financeiro, tem ajudado que os portugueses tenham restabelecido confiança na sua economia.
Aumentar e consolidar a confiança é, para o primeiro-ministro, uma questão “determinante para o sucesso da economia”, dando a este propósito o exemplo de que, quando um empresário investe na aquisição de máquinas, “é porque tem confiança de que vai recuperar a prazo esse investimento”, ou quando uma família aposta que os seus filhos completem o ensino superior e se qualifiquem cada vez mais, “é porque essa família acredita que está a fazer um bom investimento”, reafirmando que a confiança é mesmo o “fator chave para as empresas, para as famílias e para todos os agentes económicos”.
Simplificar e desburocratizar
António Costa falou ainda sobre o “combate permanente” contra a burocracia, razão pela qual, como aludiu, o seu Governo aprovou e implementou o programa Simplex+, que entre muitas outras ações, como referiu, tem permitido “simplificar muito a vida das pessoas e das empresas”.
O primeiro-ministro fez ainda uma alusão à anunciada criação de uma associação de amizade Portugal/Tunísia e a uma câmara de comércio luso-tunisina, defendendo a este propósito que as relações bilaterais “poderão ganhar um grande impulso”, caso a sociedade civil de ambos os países “seja envolvida nestas iniciativas”, advogando que a União Europeia deverá “acarinhar” o processo de transição democrática que está em curso neste país do Magreb.