Subsídio de desemprego atinge mínimos
No primeiro caso, a razão prende-se com a queda dos salários-base nos últimos anos, com o facto de o Governo PSD/CDS ter baixado o teto máximo do subsídio e ainda com o corte de 10% aplicado ao fim de seis meses de prestação.
Já no segundo caso, trata-se evidentemente de uma consequência da alteração dos critérios para atribuição do subsídio e de alguma ginástica estatística que visa “recortar” esta cifra negra, além de estar intrinsecamente associada à emigração “forçada” de que têm sido vítimas milhares de famílias portuguesas.
Dados recentes da Segurança Social mostram que o subsídio de desemprego chega a um universo cada vez mais pequeno de desempregados.
Há um ano, 53% dos desempregados recebiam subsídio. Agora, a taxa de cobertura é inferior a 50% se tivermos em conta os 667 800 desempregados contabilizados em abril passado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Resumindo, para muitos desempregados o subsídio chegou ao fim sem que isso significasse um regresso à vida ativa. Há menos 140 mil pessoas sem trabalho a receber um subsídio que, na generalidade dos casos, não ultrapassa, em média, os 448 euros mensais.