Solução para Ramal da Lousã é a que melhor serve a mobilidade das populações
Para o ministro Pedro Marques, que falava ontem nos Paços do Concelho de Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, na cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, de lançamento do concurso público para o primeiro troço do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), o recurso ao ‘metro bus’, em detrimento do transporte ferroviário, deve ser encarado não só como uma solução que “privilegia a descarbonização”, mas aquela que “sem dúvida vai servir melhor as populações”.
Mostrando satisfação pelo facto de o Governo ter finalmente conseguido ultrapassar um constrangimento que já durava há algumas legislaturas, aprovando o lançamento de uma empreitada que avança, como salientou, depois de superado um processo “extremamente difícil e complexo”, mas que “já não volta atrás”, Pedro Marques lembrou que para se ter chegado até aqui, houve não só o envolvimento de “muitas vontades e de muitas capacidades técnicas”, mas igualmente o “envolvimento de muita gente de diferentes entidades públicas e privadas”, dando os exemplos, entre outras, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) ou da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
Convicto de que o Governo, juntamente com as autarquias e “demais intervenientes no processo”, está a “rasgar caminho novo de enorme complexidade técnica”, o ministro manifestou compreensão pelas dúvidas que possam surgir relativamente à opção pelo ‘metro bus’, em detrimento da ferrovia tradicional.
A melhor solução
No entanto, na opinião de Pedro Marques, “não havia outra maneira de fazer um investimento desta natureza no centenário Ramal da Lousã que não fosse recorrendo à solução agora encontrada do metro ligeiro, garantindo que seria “economicamente inviável” o recurso a uma solução de ferrovia convencional, com comboios a ligar o interior do distrito à cidade de Coimbra e à linha do Norte, como “aconteceu durante mais de 100 anos”.
Uma opção que, na leitura do Governo, como também assinalou Pedro Marques, representa não só a solução com menos custos, como também a opção certa em matéria da “mobilidade limpa e de futuro”.