Solução para o Banif teria menores custos se tomada há 3 anos
António Costa afirma que se a decisão sobre o Banif tivesse sido tomada há três anos “teria tido menores custos e outras condições”, salientando que o problema deste banco foi agora resolvido em três semanas, “em condições adversas, com custos pesados que resultaram de adiamentos sucessivos, de soluções repetidamente rejeitadas pela União Europeia e do esgotamento do prazo”.
Na entrevista ao “JN” de 25 de dezembro, o primeiro-ministro confirma que o PS vai avançar com a comissão parlamentar de inquérito ao caso Banif para se apurar toda a verdade e não poupa críticas à desatenção da troica durante três anos à situação na banca portuguesa.
“A troica andou excessivamente preocupada a procurar problemas no Estado, nas autarquias, nas freguesias e nas regiões e bastante desatenta ao que acontecia no sistema financeiro”, acusou, lembrando, a propósito, que “desde que o programa de ajustamento se concluiu, já vamos em duas resoluções bancárias”.
Face aos sucessivos problemas que têm surgido em algumas instituições bancárias, António Costa reafirma a importância de um banco público com a dimensão da Caixa Geral de Depósitos, como “pilar de estabilidade do sistema financeiro”.