Solução minimiza impactos negativos sobre o país
No Parlamento, Galamba explicou que esta solução “não é a ideal”, mas os compromissos assumidos pelo Governo anterior em 2014 e as sucessivas falhas em vender acabaram por fazer desta “a solução que minimiza os impactos negativos sobre o nosso país”.
Recorde-se que, na residência oficial de São Bento, ladeado pelo ministro das Finanças, o primeiro-ministro afirmara que a privatização de 75% do banco originado pela resolução do BES não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes, constituindo “uma solução equilibrada”.
António Costa admitiu então que foi estudada a hipótese de o Novo Banco ser nacionalizado, mas defendeu que essa opção, a ser implementada, implicaria encargos para os contribuintes de até 4,7 mil milhões de euros.
Neste sentido, João Galamba acrescentou que o “impedimento da distribuição de dividendos durante vários anos impede que a Lone Star extraia excessivamente recursos do banco, fragilizando-o, e o mecanismo através do qual o Fundo de Resolução mantém o controlo integral sobre os ativos do ‘side bank’ (banco mau) impede que tenha uma prática predatória de execução de garantias que podia ser muito negativa para o tecido empresarial português”.
O porta voz do PS para os assuntos económicos e financeiros sublinhou o facto de se ter conseguido “garantir a viabilidade do banco e melhorar a solução encontrada face à oferta inicial da Lone Star”.