Solidariedade é bem-vinda mas tem de ser organizada para evitar desperdício
O primeiro-ministro disse que a generosidade de todos para ajudar a minimizar os efeitos da pandemia é “bem-vinda”, mas que essas ajudas devem ser articuladas com as administrações regionais de saúde por forma a evitar, como referiu, que se “desperdicem recursos como sucedeu noutras grandes catástrofes”.
Esta atitude, segundo António Costa, justifica-se plenamente porque se, por um lado, é de louvar e de incentivar a “mobilização de todos no combate a esta tragédia”, é igualmente pertinente, como aludiu, que essa ajuda seja devidamente organizada sob pena de se poderem concentrar muitos recursos “onde eles menos são necessários” e falharem recursos essenciais “onde eles são absolutamente indispensáveis”, voltando a alertar que o melhor contributo que cada um pode dar “é contribuir ativamente para a prevenção da pandemia”.
Isolamento é a primeira regra de segurança
Antes deste alerta, o primeiro-ministro tinha já agradecido o trabalho e o empenhamento de “todas as autarquias e universidades do país” no combate a esta pandemia, destacando ainda o “empenhamento” das Forças Armadas que tem sido, segundo António Costa, “extraordinário em todas as suas frentes”, repetindo que deseja que nesta crise “aconteça o melhor”, mas que todos “devemos estar preparados para o pior”.
E o melhor, como acrescentou, a propósito desta visita aos dois hospitais de retaguarda preparados para o combate à Covid-19, “é que nenhuma destas camas alguma vez venha a ser utilizada”, sendo certo que caso a sua utilização seja necessária, como acrescentou, então “temos a segurança de que estas camas existem e que podem ser utilizadas”.
O primeiro-ministro fez ainda questão de relembrar que “o vírus não anda sozinho” e que “somos nós que o levamos”, sendo por isso fundamental, como salientou, que todos “nos movamos o menos possível” e que o isolamento seja a primeira regra de segurança, voltando a insistir que o combate a esta pandemia depende em grande medida da capacidade que cada um tiver de agir com toda a responsabilidade e disciplina, evitando infetarr-se e, sobretudo, “não infetar os outros”.
Também o presidente da autarquia, Fernando Medina, presente nesta cerimónia, referiu que esta segunda unidade de apoio, instalada na chamada cidade universitária e materializada graças ao trabalho conjunto da Câmara Municipal, da Universidade de Lisboa e do Ministério da Saúde, com uma capacidade para receber 500 utentes e preparada para “pacientes covid que pelo seu estado precisem de acompanhamento médico e hospitalar, mas sem tecnologia tão invasiva”, foi criada com o objectivo prioritário de “libertar espaço nos hospitais da cidade”.