Socialistas saúdam 70 anos da NATO
Segundo os socialistas, a relevância da NATO “está associada a um longo período de manutenção e interposição da paz no continente europeu, à expansão dos ideais democráticos na Europa decisiva para o desenvolvimento económico e social dos Estados membros do Leste Europeu”. Daí a importância de o Parlamento saudar “a cooperação transatlântica que lhe está na origem”.
De acordo com o voto, ao longo da sua história “a NATO tem sabido interpretar a conjuntura internacional, sabendo adaptar-se de forma ágil e adequada à evolução da conjuntura política, económica e social da Europa e do mundo” e tem cumprido, “de modo mormente pacífico, o seu propósito de Defesa Coletiva dos seus membros”.
O facto de a NATO se saber afirmar “como uma verdadeira Comunidade de Segurança” é também destacado, elogiando-se que se tenha assumido “como uma organização regional com responsabilidades globais”.
“É igualmente de realçar, no quadro da vigência da Constituição de 1976, o apoio dado pela NATO à modernização das Forças Armadas Portuguesas”, frisam os deputados do PS.
Reconhecimento do cinema português
A Assembleia da República aprovou também, por unanimidade, o voto de congratulação apresentado pelo PS pela distinção da cineasta Rita Azevedo Gomes na 19ª edição do Festival Internacional de Cinema de Las Palmas. “No passado dia 30 de março o cinema português foi mais uma vez distinguido com a entrega do Prémio Lady Harimugada de Ouro à cineasta portuguesa Rita Azevedo Gomes, pela obra ‘A Portuguesa’”, sublinham os socialistas.
“Inspirado num conto de Robert Musil, com adaptação e diálogos de Augustina Bessa-Luís, a longa-metragem tem como objeto a união entre uma portuguesa e o seu marido Von Ketten, no século XVI, no norte de Itália, durante a disputa pelas forças do Episcopado de Trento”, pode ler-se no voto.
O Parlamento saudou, assim, Rita Azevedo Gomes, congratulando-se com o prémio obtido no Festival Internacional de Cinema de Las Palmas, “estendendo o seu reconhecimento a todos os cineastas pela qualidade e valor da criação cinematográfica portuguesa”.
Parlamento homenageia bailarina Anna Mascolo por iniciativa do PS
O voto de pesar pelo falecimento da coreógrafa e bailarina Anna Mascolo apresentado pelo Partido Socialista foi hoje aprovado, por unanimidade, no Parlamento.
Anna Mascolo, professora, coreógrafa e bailarina “que se destacou na história e no ensino da dança em Portugal”, nasceu em Itália, mas cedo chegou a Lisboa, onde “passou a sentir-se em casa”, recordam os socialistas no voto.
Em 1947, Anna Mascolo diploma-se no Conservatório Nacional e, no ano seguinte, recebe o Prémio Nova Geração. Fundou o Estúdio-Escola de Anna Mascolo com apenas 28 anos, lecionou na Escola Superior de Dança de Lisboa, no Conservatório Nacional e na Faculdade de Motricidade Humana. Em 1971 tornou-se diretora artística do Grupo Experimental de Ballet, projeto embrionário do Ballet Gulbenkian.
“Anna Mascolo desempenhou ainda um papel de relevo na regulamentação dos direitos dos bailarinos profissionais, sendo uma impulsionadora decisiva da legislação nacional”, lê-se no documento.
Os deputados do PS sublinham que “pelo seu cosmopolitismo, influência e visão pedagógica, recebeu diversas distinções, entre as quais a Ordem do Infante Dom Henrique (2004), a Ordem da Instrução Pública (2018), e o primeiro Doutoramento Honoris Causa em Dança em Portugal (2002), pela Faculdade de Motricidade Humana”.
Assim, a Assembleia da República manifestou o mais sentido pesar pelo seu desaparecimento.