Socialistas criticam “atitude populista” do PSD face à saúde
“A minha expectativa era de que viessem hoje dar a mão à palmatória e assumir os erros do passado. Imaginei até que, em vésperas de eleições, pudessem vir dizer neste plenário e aos portugueses como contribuiriam para a prossecução do propósito da salvaguarda do direito à proteção na saúde”, admitiu no Parlamento.
No entanto, o que se passou foi exatamente o contrário. “O PSD voltou a posicionar-se hoje com uma atitude populista e muito diferente do que seria de esperar de um partido que alega nas palavras, mas não demonstra nos atos, ser defensor do SNS”, criticou a socialista.
Jamila Madeira defendeu que, nestes três anos e meio, o Governo do PS tem “resgatado o SNS do naufrágio” para que o anterior Executivo PSD/CDS o empurrou, “sobretudo nos tempos da troika”, sendo que os “sinais de modernização e de recuperação são hoje mais do que muitos”.
“Não estamos só a resgatar o SNS, estamos a dar-lhe a qualidade e a melhoria que ele exige de forma continuada”, apontou.
A deputada do PS assegurou depois que “a Lei de Bases da Saúde é um instrumento fundamental para continuar este trabalho”. Por isso, o Partido Socialista, durante todo este processo, “posicionou-se com a noção de que viabilizaria todas as propostas de alteração que fossem no sentido de construir, reforçar e dar dinâmica ao SNS”.
Assim, o PS aprovou propostas do PSD, do Bloco de Esquerda e do PCP, “e outras teremos para aprovar amanhã”. “Mas, ainda assim, o PSD não mudou de posição. Cristalizou, foi incapaz de dar um passo”, lamentou Jamila Madeira.