“Há 52 anos, Mário Soares e muitos outros fundaram o PS para garantir um partido que governasse para todos, nunca para uma minoria, nunca para uma elite, nunca para alguns. Para todos”, enfatizou Pedro Nuno Santos, assegurando que o programa com que o Partido Socialista se apresenta aos portugueses nestas Legislativas antecipadas contém “medidas que visam melhorar a vida de todos e não apenas de alguns”.
“Queremos liderar a mudança segura, com a redução dos impostos que todos pagam, a redução do custo de vida, o IVA zero para os bens alimentares essenciais, o aumento das pensões, a garantia de reforço do Sistema Nacional de Saúde e o aumento dos salários”, pontualizou.
Depois, lembrou que a resolução dos problemas que a direita agravou no último mandato passa necessariamente por uma governação do PS que retome o caminho do progresso económico e social.
E lembrou, a este propósito, que durante os governos socialistas a economia cresceu, “em média, 2,2%, sempre acima da média da União Europeia”.
“No último ano cresceu 2,6%”, referiu, acrescentando que, “no último trimestre de 2024, com Montenegro no Governo, a economia não só não cresceu, como caiu 0,5%”.
“De que sucesso fala o primeiro-ministro?”, questionou, recordando os falhanços do executivo PSD/CDS, ainda em funções, na saúde e na habitação.
Neste último setor, que recordou ser “o problema nacional”, registou que o preço das casas teve um aumento de 15% no último trimestre do ano passado.
Zangado com os resultados da incompetência do Governo
No comício que encerrou, em Portalegre, o quarto dia de campanha socialista para as Legislativas de 18 de maio, o líder do PS fez questão de deixar claro que está zangado é “com os resultados da incompetência do Governo”.
Num discurso proferido ao ar livre, na noite portalegrense, Pedro Nuno Santos aproveitou para reagir a comentários do candidato da AD, criticando os adversários que, alegadamente só falam mal e aparecem “todos os dias zangados”.
“Luís Montenegro dizia aí num comício hoje, em Évora, que eu estou zangado com os sucessos do país e, que fique já claro, eu não estou nem zangado com o país, muito menos com os sucessos dos portugueses. Estou zangado com os resultados da incompetência do Governo liderado por Luís Montenegro”, clarificou.
Neste ponto, aproveitou igualmente para desmentir o sucesso propagandeado por Montenegro, elencando aquilo que considerou serem duas áreas em que o Governo da direita falhou.
“Luís Montenegro falhou e um ano foi suficiente para percebermos que o Governo é incompetente”, apontou, referindo-se aos logros da AD, desta feita na economia e a saúde.
De seguida, voltou a criticar o primeiro-ministro por “desconhecer a realidade dos pensionistas”, referindo-se a uma reportagem sobre a campanha da AD, que vira nesse dia, sobre comparticipação de medicamentos.
“Até ao momento atual, acho que o Luís Montenegro não percebeu o que a senhora lhe disse. Porque, se calhar, está mesmo convencido de que garantiu a comparticipação a 100% dos medicamentos para todos os pensionistas”, ironizou o líder do PS, deixando uma mensagem direta ao primeiro-ministro.
“Caro Luís Montenegro, a maioria esmagadora dos pensionistas, mesmo aqueles que têm pensões baixas, não têm comparticipação nos medicamentos”, rematou.
