SNS será mais forte com aposta em sinergias e partilha de recursos
O assunto foi defendido pelo ministro da Saúde, quando ontem se deslocou a Coimbra, para assinar 15 protocolos de cooperação entre o Centro Hospitalar e Universitário desta cidade do centro do país e entidades da região Centro, do Algarve e da região Autónoma da Madeira.
Para Adalberto Campos Fernandes trata-se de encontrar as sinergias que ajudem a melhorar em determinadas áreas as unidades com menores capacidades evitando o que tem sido a “linha de tendência” dos últimos anos, sendo este, segundo o governante, o caminho para um “Serviço Nacional de Saúde forte”.
Segundo o titular da pasta da Saúde, um SNS consolidado e forte é aquele que consegue encontrar os mecanismos de cooperação entre si, “deitando as paredes abaixo”, para que deixem de existir melhores e piores hospitais, para passarem só a existir “hospitais e realidades diferentes”.
Um exemplo a seguir
Afirmando ser a assinatura destes protocolos “um bom exemplo a seguir”, Adalberto Campos Fernandes disse acreditar que será através da “entreajuda” entre os diversos organismos ligados à saúde, que o trabalho das pessoas que trabalham nesta área “será compensado e respeitado”, para que daqui a um, dois anos, como referiu, o país possa dispor de um SNS diferente, “rejuvenescido e revigorado”, mais forte e mais capaz de “ser apreciado pelos cidadãos como o melhor serviço público que existe no país”.
Contudo, na opinião do ministro, há ainda um caminho a percorrer, sendo que, na sua perspetiva, os hospitais não podem continuar a gastar centenas de milhões de euros com recurso a atividades no exterior como hoje sucede, havendo a absoluta necessidade, como defendeu, que o próximo Orçamento do Estado, que será “mais exigente”, proceda a um conjunto de cortes “naquilo que são as prestações privadas ou adquiridas fora dos hospitais públicos”.
O ministro referiu também que tem de haver uma aposta forte nas parcerias entre empresas de base tecnológica e o SNS e uma rápida “implementação” do registo de saúde eletrónico para evitar, como salientou, a repetição e “redundância de exames” que, por falta de comunicação entre as unidades de saúde, “custa muito dinheiro ao país”.