Situação nas 19 freguesias mais afetadas tem evoluído de forma “claramente positiva”
“Comparando a última semana com as semanas anteriores, há uma evolução claramente positiva. Se compararmos os últimos 14 dias, igualmente, com as semanas anteriores, há uma evolução positiva nestes municípios, nestas 19 freguesias”, garantiu o governante no final da reunião de acompanhamento da estratégia de prevenção e controlo da pandemia na Área Metropolitana de Lisboa, que decorreu na residência oficial do primeiro-ministro.
De acordo com Eduardo Cabrita, existem 65 surtos ativos nestas freguesias da AML que se encontram em estado de calamidade, havendo “uma tendência de redução do número de pessoas infetadas em todos estes municípios durante os últimos sete dias”. Por isso, é preciso “continuar este esforço de monitorização muito próxima, garantindo o acompanhamento por equipamentos multidisciplinares de todos os casos que têm vindo a ser detetados e que são hoje menos do que eram há duas semanas”, defendeu.
O ministro da Administração Interna referiu depois que a evolução positiva do controlo da pandemia “encoraja a manter o nível de acompanhamento de proximidade e o tipo de medidas que têm sido seguidas nestes cinco municípios” – Lisboa, Sintra, Loures, Odivelas e Amadora –, destacando o trabalho das equipas multidisciplinares na identificação e acompanhamento dos casos positivos de Covid-19, com intervenção da saúde comunitária, da proteção civil municipal, da segurança social e com o apoio das forças de segurança.
“Esta evolução é globalmente positiva, está caracterizada hoje por uma identificação dos casos que se verificam em cada freguesia e com uma identificação muito concreta do conjunto de surtos que em cada concelho vão sendo verificados”, disse.
Escolas das 19 freguesias devem regressar ao ensino presencial
Segundo Eduardo Cabrita, na reunião também se discutiu o regresso ao ensino presencial no próximo ano letivo nas 19 freguesias mais afetadas da AML: “Foi analisado um conjunto de condições que visam aquilo que é um objetivo de todos, que o ano letivo seja retomado em setembro, tendo como objetivo a retoma do ensino presencial”.
“Só o ensino presencial garante o combate às desigualdades, garante a proximidade, garante a plenitude das medidas de apoio social que, em articulação com o Ministério da Educação e os municípios, serão promovidos nas comunidades educativas”, afirmou.
Assim, os cinco municípios onde se localizam as 19 freguesias em causa, em conjunto com o Ministério da Educação e com o envolvimento das comunidades educativas, vão “trabalhar intensamente nas próximas semanas” para que haja a retoma do ensino presencial no ano letivo 2020/2021.
Foram discutidas na reunião as condições de funcionamento das escolas, “garantindo flexibilidade nos horários, garantido regras de fornecimento das refeições escolares, garantindo as condições para que se apliquem as recomendações da Direção Geral da Saúde (DGS), em matéria de distanciamento, de segurança, com o princípio de obrigatoriedade de utilização máscara para os estudantes com mais de 10 anos”, explicou o governante, que sublinhou que estas práticas são mais exigentes do que as que estão a ser exigidas na maioria dos países europeus.
Além do ministro da Administração Interna, a reunião contou com a presença dos ministros da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, da Saúde, Marta Temido, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e dos secretários de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, e Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes.