Setor rural tem estado sempre presente a apoiar portugueses na pandemia
“Nesta pandemia, Portugal precisou do Serviço Nacional de Saúde e este disse: presente! Portugal precisou do mundo rural, da sua capacidade produtiva, da nossa agricultura e dos seus produtores e eles disseram: presente”, assinalou Pedro do Carmo, numa declaração política no Parlamento.
O parlamentar do PS sublinhou depois que, “uma vez mais, o interior, a agricultura, a pecuária a pesca e outros setores produtivos responderam às necessidades dos portugueses e posicionaram-se na consciência nacional como ativos estratégicos centrais da afirmação de Portugal, na normalidade e na emergência”.
Neste sentido, o deputado defendeu que é preciso “manter uma capacidade produtiva agroalimentar que, num quadro de sustentabilidade, assegure as necessidades básicas da população, seja acolhida pela distribuição e chegue à mesa dos portugueses, pelos meios tradicionais ou através de suportes digitais”.
“A capacidade produtiva alimentar nacional assumiu, pois, uma centralidade, adaptou-se a novas realidades de distribuição e precisa de continuar a ser acompanhada para superar os bloqueios e consolidar o seu posicionamento no ‘novo normal’ a que nos temos de habituar”, defendeu, apontando os exemplos da campanha “vamos alimentar quem nos alimenta” e os apoios disponibilizados às fileiras de produção.
Pedro do Carmo recordou que, durante o período de confinamento, “os produtos locais e regionais ganharam maior presença digital” com a possibilidade de “chegar a casa dos cidadãos diretamente”, defendendo que “este reforço do potencial rural na plataforma digital, à mão de semear de qualquer um, na sua casa, tem de continuar a ser aprofundado”.
“A ideia nunca poderá ser a de acabar com as tradições, mas sim a de criar espaços de afirmação para as fileiras da terra e do mar, de ter mais respeito por quem cria, de quem nos dá qualidade”, explicou.
Para o deputado do PS, ” no meio de demasiadas más notícias da pandemia”, a “realidade incontornável” é que “os portugueses podem comprar mais produtos gerados no território continental, nos Açores e na Madeira”.
“Os homens e as mulheres que, em terra e no mar, aproveitam os recursos naturais para produzir e fornecer produtos de qualidade excecional estão prontos para continuar a responder”, asseverou, considerando que “fomos assim reconduzidos pela emergência a uma sociedade do bom senso e a uma economia do razoável”. “Precisamos de prosseguir este esforço de valorização da capacidade produtiva e de crença na nossa agricultura”, defendeu.
Neste sentido, Pedro do Carmo salientou a necessidade de “consumir e exigir mais produtos nacionais”, numa “valorização e exigência que serão boas para a economia nacional”, assim como para o emprego, para as comunidades rurais e para as economias locais.
“O ‘novo normal’ tem de ser com produto nacional”, frisou o deputado, considerando que, “com o contributo do mundo rural, Portugal pode ser a sociedade do bom senso e uma economia do razoável”.