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Serviço Nacional de Saúde está a recuperar dos anos de desinvestimento

Serviço Nacional de Saúde está a recuperar dos anos de desinvestimento

“É muito positivo” o apelo que o Presidente da República faz no sentido de que outros partidos políticos se juntem ao PS, criando um consenso alargado sobre as prioridades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), defendeu António Costa, garantindo que este é o caminho pelo qual sempre se bateu com o propósito de “recuperar os anos de desinvestimento” de que o serviço público de saúde foi alvo durante a governação da direita.

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Serviço Nacional de Saúde está a recuperar dos anos de desinvestimento

Intervindo este fim de semana no Porto, à margem da cerimónia de entrega do Prémio Manuel António Mota, o primeiro-ministro mostrou-se agradado com as declarações proferidas por Marcelo Rebelo de Sousa quando alertou para a necessidade de se alargar o mais rápido possível o consenso na resolução dos problemas que envolvem o SNS, sustentando que este é há muito o seu ponto de vista, sobretudo depois, como recordou, de na legislatura anterior se ter aprovado uma nova Lei de Bases da Saúde, que “coloca o SNS precisamente no centro daquilo que deve ser a construção da nossa sociedade”, invertendo os sucessivos anos de desinvestimento de que foi alvo.

Para que o SNS volte a responder com a mesma rapidez e com a mesma eficiência como o fazia antes do período da governação da direita, o primeiro-ministro começou por apontar a necessidade de se fazer um “grande esforço na formação e na contratação de novos quadros”, assegurando a todos a “motivação para poder desempenhar as suas tarefas”, garantindo que estas preocupações são acompanhadas e estão refletidas pelo próximo Orçamento de Estado.

Quanto aos estrangulamentos detetados na tesouraria do SNS, questão que António Costa referiu ser algo que “seguramente” o preocupa, não deixou, contudo, de salientar o esforço que o Governo fez nos últimos quatro anos para inverter este cenário, avançando com significativos “reforços de investimento no SNS”.

Responder às novas exigências do país

Neste sentido, o primeiro-ministro fez questão de recordar que na legislatura anterior o Governo que também liderou repôs “tudo o que tinham sido os cortes no Serviço Nacional de Saúde” feitos pelo Governo do PSD/CDS, mostrando toda a disponibilidade para a partir de agora avançar de “forma sustentada” para, por um lado, “irmos para além do ponto em que estávamos antes de 2011” e, por outro lado, avançar no sentido de “podermos fazer aquilo que é essencial”, que é responder de forma positiva “às novas exigências que o país tem e que temos de saber satisfazer”.

E responder de forma eficaz às exigências colocadas pelos portugueses, ainda segundo o primeiro-ministro, significa reforçar desde logo a estratégia definida como prioritária pelo Governo, avançado com o desenvolvimento dos “cuidados primários de saúde e com a generalização a todo o país do atual modelo das Unidades de Saúde Familiares (USF)” e, ainda, como também defendeu, com o “reforço nas valências ali disponíveis”, designadamente na “área da pediatria, da saúde visual, da saúde mental e da saúde oral”.

O chefe do Governo referiu-se ainda ao caminho que ainda falta percorrer, para consolidar e voltar a por nos carris serviços tão importantes como os cuidados continuados integrados ou os cuidados de saúde primários, que “poderão receber e em melhores condições” os utentes que hoje se dirigem por norma aos serviços hospitalares, sustentando que o Governo tem não só de continuar a reforçar financeiramente o SNS, mas também de “gerir ainda melhor os meios que temos”, com “maior eficiência para se obterem melhores resultados de saúde para todos”.