“Será a opinião maioritária dos portugueses: o país precisa de um acordo, o país precisa …

José Sócrates disse esperar que o Conselho de Estado de hoje emita uma opinião idêntica à da maioria dos portugueses, ou seja, que “o país precisa de um acordo” que viabilize o Orçamento do Estado para 2011.

Sócrates, que falava em Bruxelas no final de um Conselho Europeu, afastou o cenário de um acordo na reunião de hoje, lembrando que “no Conselho de Estado não estão representados partidos” e “o Presidente da República não convoca um Conselho de Estado para alcançar um acordo”.
Apontando que o que sairá do Conselho será uma opinião, o primeiro-ministro disse acreditar que a opinião emitida “será a opinião maioritária dos portugueses: o país precisa de um acordo, o país precisa de um orçamento”.
José Sócrates negou ainda, que Portugal tenha sido pressionado pelos parceiros europeus para corrigir rapidamente a sua situação orçamental ou que tenha exercido pressão sobre outros países com défice excessivo, como a Alemanha ou a França.
“Não. Não só não senti como isso não foi sequer discutido”, disse o primeiro-ministro no final de uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
José Sócrates recordou que “mais de metade dos países que estão à volta daquela mesa e que são da Zona Euro estão, [assim como Portugal], em défice excessivo”.
“Não, isso não é a nossa Europa e as nossas posições não estão enfraquecidas”, insistiu.
Por outro lado, José Sócrates explicou que os 27 tinham decidido reforçar as sanções previstas no Pacto de Estabilidade e Crescimento porque a decisão é importante para a estabilidade da Zona Euro.