Sem Escola Pública de qualidade não há Liberdade de Escolha

A liberdade no acesso ao ensino, a liberdade na escolha de escola, a liberdade nas opções profissionais, tudo isto são causas que só se atingem com uma escola pública forte, imbatível, de qualidade inquestionável, de livre acesso e espalhada por todos os locais do país onde haja alunos. 

Para isso, há que orientar todos os recursos e esforços para fazer dela a primeira escolha dos pais e alunos. Já assim foi no passado – os colégios eram a segunda escolha, a qualidade era menor ou eram de perfil especificamente alternativo (confessionais e outros). 

Entretanto, para suprir carências da rede pública, as parcerias com o Estado foram fazendo deles réplicas das escolas públicas, mas com benefícios.  A rede foi-se alargando, os braços multiplicaram-se e foram secando à sua volta as escolas públicas, mitigadas de recursos financeiros e humanos, remetidas para um patamar injustificadamente menorizado.

 O Ministério da Educação está neste momento a travar aquela que é a sua maior luta e a sua maior missão: reorientar os seus recursos para a Escola Pública, tornar a escola de todos na primeira opção das crianças portuguesas, valorizar o património humano, científico, pedagógico e imóvel da Escola Pública e assim permitir que haja verdadeira liberdade de acesso, liberdade de escolha e liberdade nas opções das escolhas profissionais dos jovens portugueses.

A direita portuguesa não compreende esta batalha pela escola pública. Talvez porque, no íntimo, ainda não tenha entendido, em toda a sua extensão, o conceito da palavra Liberdade.